The sun receded and now the last of the autumn (perhaps the first of the winter?) rain is falling. I don't know how unusual it is, but as a matter of fact, I really am a "storm person".
I woke up and opened my curtains to see the rain falling. I like to hear the wind roaring against the walls and the heavy drops falling on the roof. I love to see the dark clouds moving across the sky.
There is a picture, taken by my parents when I was 2 or 3 years old, in which I am on a completely dark shore, smiling at the gathering storm and the heavy waves. It appears that I and the storm have had this romance for a long time.
Does it mean something about me? I wonder what would the Jungian say about it. Any online psychologist available?
Monday, December 19, 2005
Friday, December 16, 2005
O Fantasma da Ópera
No último fim de semana, fui assistir ao musical O Fantasma da Ópera, em cartaz no Teatro Abril, em São Paulo.
Não é o caso de poupar elogios ao espetáculo: a atuação, a história e sua dinâmica são muito boas; os efeitos especiais são convincentes e impressionam. Obviamente, o que há de mais emocionante ali é a música. Imerso na melodia de O Fantasma da Ópera, não é possível permanecer alheio: os sentimentos dos personagens são compartilhados com os espectadores, e as tensões do enredo significativamente se potencializam. É interessante esse poder intrusivo da música, que se enraiza sem pedir licença nos sentimentos de quem a ouve.
Saindo do teatro, não me restavam dúvidas: dentre todas as minhas inaptidões, a que mais me incomoda é a total falta de talento musical.
Não é o caso de poupar elogios ao espetáculo: a atuação, a história e sua dinâmica são muito boas; os efeitos especiais são convincentes e impressionam. Obviamente, o que há de mais emocionante ali é a música. Imerso na melodia de O Fantasma da Ópera, não é possível permanecer alheio: os sentimentos dos personagens são compartilhados com os espectadores, e as tensões do enredo significativamente se potencializam. É interessante esse poder intrusivo da música, que se enraiza sem pedir licença nos sentimentos de quem a ouve.
Saindo do teatro, não me restavam dúvidas: dentre todas as minhas inaptidões, a que mais me incomoda é a total falta de talento musical.
Saturday, December 10, 2005
É aquela época do ano...
Em que as pessoas que procuram por informações sobre o "Nacimento de Jesus" (sic) começam a cair em massa aqui no blog... Caras pessoas, procurem pelo nascimento, e vocês encontrarão resultados mais relevantes.
E mais: no melhor estilo abyssus abyssum invocat, o fato de eu comentar sobre isso por aqui deve subir ainda mais o pagerank do Gondolin pra essa aberração da língua portuguesa, e aumentar o fenômeno. Pelo menos estou sendo educativo...
E mais: no melhor estilo abyssus abyssum invocat, o fato de eu comentar sobre isso por aqui deve subir ainda mais o pagerank do Gondolin pra essa aberração da língua portuguesa, e aumentar o fenômeno. Pelo menos estou sendo educativo...
Tuesday, December 06, 2005
Monday, December 05, 2005
now in English; Vancouver; the usual randomness
1) As part of my struggle to improve my English, from now on I'll write in it here. Critics and suggestions are most welcome. I beg your pardon for the not-so-high quality of the texts, but hopefully it'll get better with time.
2) Answering the requests of lots of people, here are my impressions of the three cities I visited on my trip to Canada: Vancouver, Whistler and Victoria.
Vancouver is a large city, so it has lots of different regions and it's kind of hard to summarize. Downtown Vancouver is rich and beautiful, specially the modern, all glass buildings near the shore. High mountains over the horizon and the dark Pacific water compose an amazing view. The brightly lit stores and buildings add a contemporary feel to the city, and it is hard not to like it. However, there's a lot of problems that I wasn't expecting from the supposed third-best-place-to-live-in-the-whole-world. The traffic is a mess, the drivers are aggressive, there is trash over the streets and sidewalks (a way less than in Brazil, but enough to spoil the clean image that I had of it) and there are poor people (including many beggars) and poor zones in the city. I must admit that I was expecting more of the city.
Whistler is a small town at the bottom of two big mountains: Whistler and Blackcomb. Very nice place, everything is neat and well-kept. The mountains are great for skiing, although I didn't do it.
Finally, Victoria. It stays on the south of the Vancouver island, somewhat isolated of the continental Canada. The isolation isn't only geographical. The architecture and the overall feel of the city is totally European. There are some nice buildings and a great museum for local reference (the Royal British Columbia Museum).
3) Ironically enough, just after I decided writing in English here, while seating watching the rain I felt a very particular sensation. Those drops reminded me of the silence which remains on Sundays, when the anonymous crowd leaves the old city center of Sao Paulo quite empty, and you can sit and watch life passing by. For that particular feel, there is no word in any other language than Portuguese. As you all know, eu tive saudade.
2) Answering the requests of lots of people, here are my impressions of the three cities I visited on my trip to Canada: Vancouver, Whistler and Victoria.
Vancouver is a large city, so it has lots of different regions and it's kind of hard to summarize. Downtown Vancouver is rich and beautiful, specially the modern, all glass buildings near the shore. High mountains over the horizon and the dark Pacific water compose an amazing view. The brightly lit stores and buildings add a contemporary feel to the city, and it is hard not to like it. However, there's a lot of problems that I wasn't expecting from the supposed third-best-place-to-live-in-the-whole-world. The traffic is a mess, the drivers are aggressive, there is trash over the streets and sidewalks (a way less than in Brazil, but enough to spoil the clean image that I had of it) and there are poor people (including many beggars) and poor zones in the city. I must admit that I was expecting more of the city.
Whistler is a small town at the bottom of two big mountains: Whistler and Blackcomb. Very nice place, everything is neat and well-kept. The mountains are great for skiing, although I didn't do it.
Finally, Victoria. It stays on the south of the Vancouver island, somewhat isolated of the continental Canada. The isolation isn't only geographical. The architecture and the overall feel of the city is totally European. There are some nice buildings and a great museum for local reference (the Royal British Columbia Museum).
3) Ironically enough, just after I decided writing in English here, while seating watching the rain I felt a very particular sensation. Those drops reminded me of the silence which remains on Sundays, when the anonymous crowd leaves the old city center of Sao Paulo quite empty, and you can sit and watch life passing by. For that particular feel, there is no word in any other language than Portuguese. As you all know, eu tive saudade.
Friday, December 02, 2005
Wednesday, November 23, 2005
Canada
Hey people,
Estou indo pra Vancouver amanha (Thanksgiving). Volto no Domingo. Fotos na Segunda. :)
Estou indo pra Vancouver amanha (Thanksgiving). Volto no Domingo. Fotos na Segunda. :)
Sunday, November 20, 2005
Uma coisa de cada vez
from the cryptic-posts-that-make-no-sense dept...
Uma coisa de cada vez
Uma coisa de cada vez
Tudo ao mesmo tempo agora
TUDO AO MESMO TEMPO AGORA!
Uma coisa de cada vez
Uma coisa de cada vez
Tudo ao mesmo tempo agora
TUDO AO MESMO TEMPO AGORA!
Tuesday, November 15, 2005
Jarhead
Eu tenho a nitida impressao de que o cara queria dizer alguma coisa com esse filme. O unico problema eh que nao deu pra saber o que era. Senseless.
Thursday, November 03, 2005
Redmond
Estou vivo e bem atarefado. Mudar de pais nao eh tarefa trivial.
A regiao aqui eh linda. Estamos no meio do outono, entao a maior parte das arvores estah com folhas douradas ou avermelhadas. Completando o landscape, temos montanhas ao longe e varios lagos. Beautiful. (as fotos vao ter que esperar, ainda preciso comprar um computador - estou usando o da empresa)
A empresa eh enorme. Dezenas de predios, dezenas de milhares de funcionarios. As pessoas sao simpaticas, prestativas e informais. Tem uma certa cobranca (justificada, eu diria) com seguranca e questoes legais, mas tudo bem razoavel.
Falar ingles o tempo todo eh cansativo. Preciso ficar fazendo esse processamento adicional pra tudo. Estou me adaptando, mas uma coisa que dificulta eh que tem muitos estrangeiros (e consequentemente sotaques) por aqui.
A comida eh boa, acho que nao terei problemas com isso. Diferente da brasileira (obvio), mas gostosa. O supermercado tem praticamente tudo que teria no Brasil (inclusive carnes muito boas - embora com cortes diferentes), mas com mais qualidade. Alguns produtos soh dah pra comprar em grande quantidade (tipo half a gallon, que eh quase dois litros; ou promocoes do tipo leve 10 e pague 5). Tem umas coisas bizarras, mas nem experimentei ainda.
Tenho dezenas de coisas pra fazer, metade delas work-related. Logo logo farei uma to-do list de to-do lists. Mais noticias quando eu me desafogar um pouco. :)
A regiao aqui eh linda. Estamos no meio do outono, entao a maior parte das arvores estah com folhas douradas ou avermelhadas. Completando o landscape, temos montanhas ao longe e varios lagos. Beautiful. (as fotos vao ter que esperar, ainda preciso comprar um computador - estou usando o da empresa)
A empresa eh enorme. Dezenas de predios, dezenas de milhares de funcionarios. As pessoas sao simpaticas, prestativas e informais. Tem uma certa cobranca (justificada, eu diria) com seguranca e questoes legais, mas tudo bem razoavel.
Falar ingles o tempo todo eh cansativo. Preciso ficar fazendo esse processamento adicional pra tudo. Estou me adaptando, mas uma coisa que dificulta eh que tem muitos estrangeiros (e consequentemente sotaques) por aqui.
A comida eh boa, acho que nao terei problemas com isso. Diferente da brasileira (obvio), mas gostosa. O supermercado tem praticamente tudo que teria no Brasil (inclusive carnes muito boas - embora com cortes diferentes), mas com mais qualidade. Alguns produtos soh dah pra comprar em grande quantidade (tipo half a gallon, que eh quase dois litros; ou promocoes do tipo leve 10 e pague 5). Tem umas coisas bizarras, mas nem experimentei ainda.
Tenho dezenas de coisas pra fazer, metade delas work-related. Logo logo farei uma to-do list de to-do lists. Mais noticias quando eu me desafogar um pouco. :)
Thursday, October 20, 2005
Sunday, October 16, 2005
Lord of War
É um filme muito, muito bom. Gostei dos atores, da música, da arte, do enredo e (last but not least) da crítica.
Tuesday, October 11, 2005
Machado de Assis sabia das coisas
E me salvou. Vocês já viram "olhos de cigana oblíqua e dissimulada"? Eu já.
Wednesday, October 05, 2005
Beautiful Women Revisited
Um adendo a um post do Hirai sobre filmes com mulhres deslumbrantes (o qual só li hoje): Encontros e Desencontros (Lost in Translation). Scarlett Johansson é fenômenal. Não é só a beleza, é a expressão, é a linguagem corporal, a cara de menina, a vividez nos olhos. E o filme também é muito bom, adoro o tema da solidão e da inaquedação, o clima insone no ar, a química entres os personagens, a felicidade impregnada pela constação da inevitável separação em um curto horizonte à frente que parece antecipar a saudade, tornando nostálgico o que acontece no próprio presente.
Em The Girl With Perl Earing ela também estava fantástica, embora o filme não seja muito bom.
Interrompo o post pela sonolência incontrolável que se abate agora sobre mim...
(A sombra de Mordor cresce)
Em The Girl With Perl Earing ela também estava fantástica, embora o filme não seja muito bom.
Interrompo o post pela sonolência incontrolável que se abate agora sobre mim...
(A sombra de Mordor cresce)
Saturday, October 01, 2005
Desarmamento
Muito bem, questões polêmicas aceitam duas posturas: ponderação ou uma opinião polêmica. Optei pela segunda.
Eu vou votar sim por um motivo muito simples. Eu não tenho uma arma de fogo e não pretendo jamais comprar uma arma de fogo. As estatísticas são incertas, mas nenhuma ultrapassa 20 milhões de armas de fogo no Brasil.
Uma conta simples diz que faço parte dos 160 milhões desarmados. O Estado está me perguntando: você quer tirar o direito dos outros civis de terem armas? Considerando que estas armas podem ser utilizadas contra mim e que eu não ganho nada com a possibilidade de ter uma arma, minha resposta é simples: sim.
Pense de forma egoísta. Diga sim ao desarmamento.
Tiro esportivo? Vão jogar paintball!
Eu vou votar sim por um motivo muito simples. Eu não tenho uma arma de fogo e não pretendo jamais comprar uma arma de fogo. As estatísticas são incertas, mas nenhuma ultrapassa 20 milhões de armas de fogo no Brasil.
Uma conta simples diz que faço parte dos 160 milhões desarmados. O Estado está me perguntando: você quer tirar o direito dos outros civis de terem armas? Considerando que estas armas podem ser utilizadas contra mim e que eu não ganho nada com a possibilidade de ter uma arma, minha resposta é simples: sim.
Pense de forma egoísta. Diga sim ao desarmamento.
Tiro esportivo? Vão jogar paintball!
Sunday, September 25, 2005
Mundo Bizarro
Apenas para provar o que afirmei sobre minha vida estar bizarra.
Estamos eu e Ceará, no supermercado, eu comprando sabonetes. Comento: "Po, queria comprar uma embalagem fechada de sabonetes". Ele questiona porque, e eu respondo "Sei lá, é mais fácil, vc pega um pacotão e joga na cesta, não tem que ficar pegando um por um". Segue uma discussão sobre o quanto é idiota querer pegar um pacote fechado de sabonetes, que é sem sentido, que não é normal, blá blá blá. Acabo, no fim, não encontrando nenhum pacote de sabonetes (na verdade achei um com 15 sabonetes, que nunca tinha usado, de aveia e mel, mas resolvi não comprar). Pego então 7 sabonetes avulsos (porque se não vou pegar um pacote, vou pegar a quantidade mais escrota possível), e vamos comprar outras coisas.
Voltando da seção de eletrônicos, algum tempo depois, passamos por um casal. No momento que estamos passando por eles, a mulher comenta com o homem: "... mas eu queria um pacote fechado de sabonetes!". Eu e o Ceará ainda andamos mais uns 2 passos, até cair a ficha sobre o que tinha acabado de ser dito.
Agora eu tenho uma testemunha independente: o mundo está bizarro à minha volta.
Estamos eu e Ceará, no supermercado, eu comprando sabonetes. Comento: "Po, queria comprar uma embalagem fechada de sabonetes". Ele questiona porque, e eu respondo "Sei lá, é mais fácil, vc pega um pacotão e joga na cesta, não tem que ficar pegando um por um". Segue uma discussão sobre o quanto é idiota querer pegar um pacote fechado de sabonetes, que é sem sentido, que não é normal, blá blá blá. Acabo, no fim, não encontrando nenhum pacote de sabonetes (na verdade achei um com 15 sabonetes, que nunca tinha usado, de aveia e mel, mas resolvi não comprar). Pego então 7 sabonetes avulsos (porque se não vou pegar um pacote, vou pegar a quantidade mais escrota possível), e vamos comprar outras coisas.
Voltando da seção de eletrônicos, algum tempo depois, passamos por um casal. No momento que estamos passando por eles, a mulher comenta com o homem: "... mas eu queria um pacote fechado de sabonetes!". Eu e o Ceará ainda andamos mais uns 2 passos, até cair a ficha sobre o que tinha acabado de ser dito.
Agora eu tenho uma testemunha independente: o mundo está bizarro à minha volta.
Wednesday, September 21, 2005
Tortuosamente
Dirigir quase perdido por um caminho diferente foi sua forma de reencenar os diálogos da noite. Chegar em casa não: aquelas palavras vão ao horizonte, e ninguém mora lá.
Sunday, September 18, 2005
Talk Like A Pirate Day
AHOOOOOOOOOOOOOOOOOY Mandriões!
Hoje é o dia internacional de falar como um pirata! ARRRRRRRRRRRR! Todos os marujos têm que clicar no link acima, ou andarão na prancha!
Hoje é o dia internacional de falar como um pirata! ARRRRRRRRRRRR! Todos os marujos têm que clicar no link acima, ou andarão na prancha!
Tuesday, September 13, 2005
Ego
Acho que nunca foi postado aqui sobre o "third person mode". Trata-se de quando você de repente, cansado de ter que se preocupar com o que fazer o tempo inteiro, "se descola de si mesmo", e começa a "assistir" ao que você faz, na confortável posição de espectador. Algo como ver as coisas acontecerem, observar a própria reação, e ficar lá, bem de longe, se divertindo com o suspense, a comédia e o drama da sua própria vida... Como ver as coisas acontecerem a você, e pensar "tudo bem, não é comigo mesmo...". Em termos mais cultos, viver em catarse.
Agora falemos sobre o oposto, a insatisfação. Não sobre a insatisfação transitiva, de estar insatisfeito com algo. A insatisfação intransitiva: Estar insatisfeito. Muito. Insatisfeito, iconoclasta, destrutivo, obsessivo, compulsivo. Querer quebrar tudo. Querer encher o rabo de grana e o resto que se foda. Sair queimando todas as pontes por que passa pra garantir que não vai ter volta. Virar a cabeça pra um lado qualquer, e ir pra frente, quebrando tudo no caminho. Não importa o objetivo, importa o quanto você quebra pra chegar lá.
[modo de subversão máxima do objetivo da página: blog pessoal ativado. Nothing to see here, move along]
Been there. Done that. Passei boa parte de 2004 em terceira pessoa. Daí, passando por uma leve insatisfação para um bom período de decadência (que não descrevi agora, nebuloso demais pra verbalizar...). Depois disso, uma escalada de insatisfação, partindo de uma simples constatação do estado decadente para o sith mode total, insatisfação completa, nos moldes descritos acima.
Agora fui arrancado do meu ego de novo. As coisas ficaram bizarras demais pra manter um ego. Estou de volta à cadeira de espectador, e ainda assim parece que estou vendo um filme de arte dos mais dementes... Mas tá divertido, como todo filme demente. Estou aqui, sentado, de longe, me vendo digitar esse texto... E estou rindo pra caralho.
Agora falemos sobre o oposto, a insatisfação. Não sobre a insatisfação transitiva, de estar insatisfeito com algo. A insatisfação intransitiva: Estar insatisfeito. Muito. Insatisfeito, iconoclasta, destrutivo, obsessivo, compulsivo. Querer quebrar tudo. Querer encher o rabo de grana e o resto que se foda. Sair queimando todas as pontes por que passa pra garantir que não vai ter volta. Virar a cabeça pra um lado qualquer, e ir pra frente, quebrando tudo no caminho. Não importa o objetivo, importa o quanto você quebra pra chegar lá.
[modo de subversão máxima do objetivo da página: blog pessoal ativado. Nothing to see here, move along]
Been there. Done that. Passei boa parte de 2004 em terceira pessoa. Daí, passando por uma leve insatisfação para um bom período de decadência (que não descrevi agora, nebuloso demais pra verbalizar...). Depois disso, uma escalada de insatisfação, partindo de uma simples constatação do estado decadente para o sith mode total, insatisfação completa, nos moldes descritos acima.
Agora fui arrancado do meu ego de novo. As coisas ficaram bizarras demais pra manter um ego. Estou de volta à cadeira de espectador, e ainda assim parece que estou vendo um filme de arte dos mais dementes... Mas tá divertido, como todo filme demente. Estou aqui, sentado, de longe, me vendo digitar esse texto... E estou rindo pra caralho.
Thursday, September 08, 2005
Tuesday, September 06, 2005
Interlúdio
Saiu temporariamente de seu mundo de pensamentos e foi parar na realidade, escolhendo a caixa de fósforos no lugar do acendedor elétrico. Sentiu o calor da chama, viu a fumaça, percebeu a textura do fósforo. Como seria a textura dela? Ouviu a água ferver distante naquela realidade diáfana e seguiu vivendo em seus devaneios.
time stood still
Faz tempo que eu não ouvia isso (Time Stands Still (At the Iron Hill), Blind Guardian, sobre a minha passagem predileta do Silmarillion, aquela em que Fingolfin se enfurece, desafia e enfrenta sozinho Melkor, o mais poderoso dos Valar):
"Lord of all Noldor,
a star in the night
and a bearer of hope
rides into his glorious battle alone
Farewell to the valiant warlord"
"Lord of all Noldor,
a star in the night
and a bearer of hope
rides into his glorious battle alone
Farewell to the valiant warlord"
Thursday, August 25, 2005
acordando
o silêncio se faz sólido na bruma do dia que começa vazio
e fica lá, com pretensões de eternidade
música para espantá-lo
vida para viver
e fica lá, com pretensões de eternidade
música para espantá-lo
vida para viver
Wednesday, August 24, 2005
What will we do tomorrow night, Larry?
The same we do every night, Sergey. Try to takeover the world!
Agora temos o Google Talk com a já tradicional interface minimalista perfeita do Google.
Dizem ainda que em algum momento teremos também o Google Translator.
Agora temos o Google Talk com a já tradicional interface minimalista perfeita do Google.
Dizem ainda que em algum momento teremos também o Google Translator.
Tuesday, August 23, 2005
Beautiful Women
Vi um filme bom e um mais-ou-menos semana passada: Closer e House of Sand and Fog. O que eles têm em comum? Atrizes lindas. Natalie Portman e Jeniffer Connelly estão deslumbrantes.
Monday, August 22, 2005
Friday, August 19, 2005
Memoria de mis putas tristes
A nova novela de Gabriel Garcia Marquez é uma leitura rápida e excelente. A história? Na noite em que comemora seus 90 anos, o protagonista decide dormir com uma virgem. Lembra-se de sua amiga - Rosa Cabarcas, dona de um bordel, que lhe dizia "moral é uma questão de tempo" - telefona e marca o encontro.
Leia.
Leia.
Thursday, August 18, 2005
Saturday, August 13, 2005
Monday, August 08, 2005
Microserfs
Microserfs, do Douglas Coupland, excelente (e adequada) indicação da Renata. É tipo um diário de um cara que trabalhou na Microsoft no início dos anos 90. Bem divertido. Vejam só o que ele diz sobre email:
Typically, everybody has about a 40 percent immediate cull rate - those pieces of mail you can delete immediately because of a frivolous tag line. What you read of the remaining 60 percent depends on how much of a life you have. The less a life, the more mail you read.
Saturday, August 06, 2005
Pearl Jam
Comprei o Riot Act numa promoção do Submarino. Bom álbum, daqueles que aumentam as expectativas em relação a um possível show no Brasil. Será que eles vêm?
Tuesday, July 26, 2005
Loppiano
Atendendo a pedidos, eis que vos escrevo contando sobre a minha temporada na Europa.
Algumas fotos já estão disponíveis.
Em dezembro de 2004, deixei o Brasil para fazer um experiência de intercâmbio bastante diferente: passar seis meses convivendo com pessoas de diversas nacionalidades, culturas e línguas, mas com um valor em comum: o amor ao próximo.
Começo por vos descrever, como posso, o local. Na região da Toscana, na Itália, encontra-se Loppiano, a primeira e mais desenvolvida das cidadelas do movimento dos Focolares. Cidadela porque é constituída de habitações, lugares de encontros e de esporte, uma igreja, um restaurante, um mercado, empresas e uma lei: a Regra de Ouro.
O movimento dos Focolares é um movimento católico nascido em Trento, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Sua maneira de compreender e viver o cristianismo deu origem à espiritualidade da Unidade, que tem nos relacionamentos de amor recíproco o principal fundamento. Hoje o movimento está difundido em mais de 180 países e dele participam ativamente não apenas católicos, mas muitos cristãos de diversas igrejas e alguns não-cristãos. Possui um estreito relacionamento com fiéis de outras religiões e também com pessoas sem fé, que participam de algumas de suas atividades para promoção da fraternidade universal. O ecumenismo (a busca pela unidade das igrejas cristãs) e o diálogo interreligioso são conseqüências de uma sincera abertura ao próximo e meios sem os quais não se pode idealizar um mundo unido.
Retornando da digressão... Loppiano surgiu há quarenta anos com dois principais propósitos: mostrar ao mundo um esboço do que seria um povo que vive fraternalmente, de acordo com essa espiritualidade, e formar pessoas que possam vivê-la com firmeza suficiente para difundir a idéia através do exemplo.
Eu fui lá para um período de formação como um jovem leigo do movimento. A escola para jovens consistia em lições de formação humana e espiritual, encontros semanais em grupos de diálogo, trabalho para subsistência, apresentações para visitantes, esporte, lazer, festas. A principal parte da escola é sem dúvida a convivência. A diversidade cultural é, ao mesmo tempo, uma dificuldade e uma ajuda. Dificuldade porque certas diferenças no modo de pensar levam a sérios problemas de entendimento. Ajuda porque, estando-se ciente disso, não julgar e perdoar o outro se tornam uma tarefa muito mais fácil. Esse aprendizado é fundamental para quem quer amar concretamente, no sentido estrito da palavra. Não que o não julgar ou o perdoar signifiquem calar-se diante daquilo que o outro faz de errado ou relativizar ao ponto do "tudo é permitido", existe um espaço mais do que adequado para ajudar-se mutuamente a superar os limites, o que é por si só, um grande ato de amor.
Conheci pessoas e culturas maravilhosas. Não fico mais indiferente diante do que ocorre lá fora. O terremoto na Indonésia destruiu a casa de Nestor, que ficou sem receber notícias da família por uns dois dias, mas felizmente nenhum dos seus se feriu. O que ocorre na Inglaterra, nas Filipinas, no Egito, na Itália, na Tânzania ou na Nova Zelândia agora diz respeito a meus amigos, é muito mais próximo.
Apaixonei-me por uma holandesa, mas ao que tudo indicava não era recíproco. Era interessante porque claramente nos amávamos, mas da parte dela isso não incluía um sentimento romântico. Era o bom e velho amor platônico atacando mais uma mente tola em pleno século XXI. Fortuitamente e como era de se esperar, logo que voltei ao Brasil passou.
Aprendi um pouco da escrita e da pronúncia do Árabe. Aprendi qual é a língua e o significado de "hakuna matata", além de outras expressões do Suahili (Mambo vipi?). Aprendi um pouco da estrutura e um pouco de vocabulário do Tagalog (Nandito tayo para rin magtrabaho. Ako ay gwapo at ikaw ay maganda! Gusto mo ng tubig? Ako ay malungkot, casi hindi niya ako mahal), língua das Filipinas. Aprendi a amar a língua espanhola com amigos da Costa Rica (pura vida!), a quem eu dizia jocosamente que o espanhol era um português errado. :) Ganhei fluência em uma língua que já conhecia, o inglês, e aprendi bem uma terceira, o italiano, que era a língua franca do lugar.
Bom, infelizmente não vou conseguir falar detalhes do que aconteceu nesses seis meses em Loppiano. Posso dizer que me foi o melhor momento da vida até hoje, que a mudou visivelmente. Vivi uma forte experiência espiritual baseada no amor recíproco. Aprendi a separar as coisas essenciais das acessórias, que têm lá sua utilidade. Aprendi a amar mais concretamente, e essa foi a verdadeira lição da escola. O mais importante é continuar a aprender, porque em seis meses não é possível aprender tudo, e aqui é muito mais difícil manter-se firme nos propósitos descritos. Eis-me aqui, desde junho de 2005, de volta ao meu lugar, fazendo a duras penas meu dever de casa, a minha parte por um mundo melhor, tentando amar sempre mais, encarando meus erros e meus limites com humildade e serenidade.
Algumas fotos já estão disponíveis.
Em dezembro de 2004, deixei o Brasil para fazer um experiência de intercâmbio bastante diferente: passar seis meses convivendo com pessoas de diversas nacionalidades, culturas e línguas, mas com um valor em comum: o amor ao próximo.
Começo por vos descrever, como posso, o local. Na região da Toscana, na Itália, encontra-se Loppiano, a primeira e mais desenvolvida das cidadelas do movimento dos Focolares. Cidadela porque é constituída de habitações, lugares de encontros e de esporte, uma igreja, um restaurante, um mercado, empresas e uma lei: a Regra de Ouro.
O movimento dos Focolares é um movimento católico nascido em Trento, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Sua maneira de compreender e viver o cristianismo deu origem à espiritualidade da Unidade, que tem nos relacionamentos de amor recíproco o principal fundamento. Hoje o movimento está difundido em mais de 180 países e dele participam ativamente não apenas católicos, mas muitos cristãos de diversas igrejas e alguns não-cristãos. Possui um estreito relacionamento com fiéis de outras religiões e também com pessoas sem fé, que participam de algumas de suas atividades para promoção da fraternidade universal. O ecumenismo (a busca pela unidade das igrejas cristãs) e o diálogo interreligioso são conseqüências de uma sincera abertura ao próximo e meios sem os quais não se pode idealizar um mundo unido.
Retornando da digressão... Loppiano surgiu há quarenta anos com dois principais propósitos: mostrar ao mundo um esboço do que seria um povo que vive fraternalmente, de acordo com essa espiritualidade, e formar pessoas que possam vivê-la com firmeza suficiente para difundir a idéia através do exemplo.
Eu fui lá para um período de formação como um jovem leigo do movimento. A escola para jovens consistia em lições de formação humana e espiritual, encontros semanais em grupos de diálogo, trabalho para subsistência, apresentações para visitantes, esporte, lazer, festas. A principal parte da escola é sem dúvida a convivência. A diversidade cultural é, ao mesmo tempo, uma dificuldade e uma ajuda. Dificuldade porque certas diferenças no modo de pensar levam a sérios problemas de entendimento. Ajuda porque, estando-se ciente disso, não julgar e perdoar o outro se tornam uma tarefa muito mais fácil. Esse aprendizado é fundamental para quem quer amar concretamente, no sentido estrito da palavra. Não que o não julgar ou o perdoar signifiquem calar-se diante daquilo que o outro faz de errado ou relativizar ao ponto do "tudo é permitido", existe um espaço mais do que adequado para ajudar-se mutuamente a superar os limites, o que é por si só, um grande ato de amor.
Conheci pessoas e culturas maravilhosas. Não fico mais indiferente diante do que ocorre lá fora. O terremoto na Indonésia destruiu a casa de Nestor, que ficou sem receber notícias da família por uns dois dias, mas felizmente nenhum dos seus se feriu. O que ocorre na Inglaterra, nas Filipinas, no Egito, na Itália, na Tânzania ou na Nova Zelândia agora diz respeito a meus amigos, é muito mais próximo.
Apaixonei-me por uma holandesa, mas ao que tudo indicava não era recíproco. Era interessante porque claramente nos amávamos, mas da parte dela isso não incluía um sentimento romântico. Era o bom e velho amor platônico atacando mais uma mente tola em pleno século XXI. Fortuitamente e como era de se esperar, logo que voltei ao Brasil passou.
Aprendi um pouco da escrita e da pronúncia do Árabe. Aprendi qual é a língua e o significado de "hakuna matata", além de outras expressões do Suahili (Mambo vipi?). Aprendi um pouco da estrutura e um pouco de vocabulário do Tagalog (Nandito tayo para rin magtrabaho. Ako ay gwapo at ikaw ay maganda! Gusto mo ng tubig? Ako ay malungkot, casi hindi niya ako mahal), língua das Filipinas. Aprendi a amar a língua espanhola com amigos da Costa Rica (pura vida!), a quem eu dizia jocosamente que o espanhol era um português errado. :) Ganhei fluência em uma língua que já conhecia, o inglês, e aprendi bem uma terceira, o italiano, que era a língua franca do lugar.
Bom, infelizmente não vou conseguir falar detalhes do que aconteceu nesses seis meses em Loppiano. Posso dizer que me foi o melhor momento da vida até hoje, que a mudou visivelmente. Vivi uma forte experiência espiritual baseada no amor recíproco. Aprendi a separar as coisas essenciais das acessórias, que têm lá sua utilidade. Aprendi a amar mais concretamente, e essa foi a verdadeira lição da escola. O mais importante é continuar a aprender, porque em seis meses não é possível aprender tudo, e aqui é muito mais difícil manter-se firme nos propósitos descritos. Eis-me aqui, desde junho de 2005, de volta ao meu lugar, fazendo a duras penas meu dever de casa, a minha parte por um mundo melhor, tentando amar sempre mais, encarando meus erros e meus limites com humildade e serenidade.
gondolin news
Obsevando a barrinha ali à direita, o internauta atento perceberá que temos um novo autor conosco: Thiago Ganzarolli. Bem-vindo, X-low. Se estamos tentando compensar a inconstância na estatística? Claro que estamos.
O texto ali embaixo foi classificado pelo André como "neobucólico". Genial.
Falando em André, seria bom se ele contasse alguma coisa da Itália (ou alguma coisa qualquer). Alexandre e Renato também se perderam, e eu mesmo passo semanas sem postar. Alguém devia dar um jeito nesse blog.
O texto ali embaixo foi classificado pelo André como "neobucólico". Genial.
Falando em André, seria bom se ele contasse alguma coisa da Itália (ou alguma coisa qualquer). Alexandre e Renato também se perderam, e eu mesmo passo semanas sem postar. Alguém devia dar um jeito nesse blog.
Sunday, July 24, 2005
Scotland Yard e o suposto terrorista
Detalhes da investigação ainda não foram revelados, mas já é claro que a renomada polícia inglesa cometeu um erro lamentável. Mais do que nunca, lembramos do conselho de Gandalf:
"Many that live deserve death. And some that die deserve life. Can you give it to them? Then do not be too eager to deal out death in judgement. For even the very wise cannot see all ends."
"Many that live deserve death. And some that die deserve life. Can you give it to them? Then do not be too eager to deal out death in judgement. For even the very wise cannot see all ends."
Em Busca da Terra do Nunca
Assisti numa sexta-feira com muito sono após ter tomado muita cerveja e comido muita carne (algo que normalmente não faço) e gostei bastante. Talvez o estado de semi-vigília tenha realçado a impressão idílica das passagens que tratam da Terra do Nunca. Eu adquiri um certo repúdio por Peter Pan ao longo da minha infância, e a última adaptação da história para o cinema também não ajudou. Eu gostava da versão animada meio anime que passava na Globo há muito tempo atrás. Depois teve uma outra versão muito ruim. Quando tornam Peter arrongante demais além de virtualmente intangível, a história fica chata. Hun, não sei bem definir, talvez quando americanizam Peter Pan é que vire uma droga.
Bem, o filme foca na inspiração e nos motivos que levaram J.M. Barrie a escrever a peça. Johnny Depp está muito bem, assim como Kate Winslet. Embora eu seja suspeito para comentar sobre Kate Winslet, ela me lembra uma amiga, e isso afeta meu julgamento. Sempre a adoro em qualquer filme. Depois de 'Brilho eterno...' isso piorou, porque me identifiquei com muitas aspectos da história, e o personagem dela me lembrou ainda de outra pessoa, de uma forma bem marcante.
Voltando ao objetivo deste post: o filme me fez lembrar de todas as metáforas e imagens realmente interessantes evocadas pela história de Peter Pan e os garotos perdidos. Como o crocodilo tic-tac perseguindo o Capitão Gancho, do qual já tomou uma parte, assim como o tempo inexorável perseguindo a todos nós, que de certa forma vai nos amputando. A inocência e a beleza das brincadeiras de infância, o fascínio de sair voando por uma janela. (Hun, agora me lembrei de "We're going to be Friends", White Stripes).
Final comments:
Tinha uma pessoa dormindo ao meu lado :-)
I love to hear british accent.
Quero descobrir quem é a atriz que faz Peter na peça.
Bem, o filme foca na inspiração e nos motivos que levaram J.M. Barrie a escrever a peça. Johnny Depp está muito bem, assim como Kate Winslet. Embora eu seja suspeito para comentar sobre Kate Winslet, ela me lembra uma amiga, e isso afeta meu julgamento. Sempre a adoro em qualquer filme. Depois de 'Brilho eterno...' isso piorou, porque me identifiquei com muitas aspectos da história, e o personagem dela me lembrou ainda de outra pessoa, de uma forma bem marcante.
Voltando ao objetivo deste post: o filme me fez lembrar de todas as metáforas e imagens realmente interessantes evocadas pela história de Peter Pan e os garotos perdidos. Como o crocodilo tic-tac perseguindo o Capitão Gancho, do qual já tomou uma parte, assim como o tempo inexorável perseguindo a todos nós, que de certa forma vai nos amputando. A inocência e a beleza das brincadeiras de infância, o fascínio de sair voando por uma janela. (Hun, agora me lembrei de "We're going to be Friends", White Stripes).
Final comments:
Tinha uma pessoa dormindo ao meu lado :-)
I love to hear british accent.
Quero descobrir quem é a atriz que faz Peter na peça.
divagação
Penúltimo gole do chá de jasmim, agora já morno. Lá fora, o cinza melancólico da dia vai se transformando em roxo urbano. Tarde de almoço lento e passos sem pressa. Tempo de curar feridas, de ter preguiça e ensaiar saudades. Passa um avião, param os carros, late um cachorro. A tela do computador ilumina de leve um rosto cansado. As palavras procuram sentido em si próprias, não acham e fogem em vagas reticências...
Thursday, July 14, 2005
Filmes
Fantastic 4 (meio como Spiderman e X-men, será é que com a Marvel?) entretém. Batman Begins (finalmente conseguiram) é bom. War of the Worlds (o final é triste) é médio. Millions (alguém lá andou jogando The Sims!) é ótimo.
Monday, July 11, 2005
Wednesday, July 06, 2005
interesting times are truly a curse
Como dizia um professor meu, olhando as caras de dúvida da turma:
- Não entenderam? Não se preocupem, porque eu também não estou entendendo nada.
- Não entenderam? Não se preocupem, porque eu também não estou entendendo nada.
Sunday, June 26, 2005
Friday, June 24, 2005
Novos Horizontes
Bom, atendendo à reclamação do Ricardo, finalmente estou escrevendo sobre o que ocorre de importante na minha vida. Andei meio sumido porque estive doente (é, a gripe esse ano foi violenta) e porque estava em uma fase de muitas indefinições. Aparentemente o pior da tempestade passou, e já vejo os primeiros sinais de terra firme à frente.
Chega de metáforas. A maioria dos 7 leitores desse espaço já deve saber, mas aí vai: recebi uma oferta para trabalhar na Microsoft. É, aquela do Windows, do Bill Gates. Estou aguardando o visto, que deve demorar um bom tempo, mas fora isso está tudo certo. A proposta foi excelente e estou muito satisfeito. Se tudo correr bem, em Outubro estou indo para Redmond integrar o grupo "Identity & Access".
Devo passar ainda um mês aqui em São Paulo e depois vou para o Sul. Espero encontrar todos vocês antes de viajar. Depois, aguardarei as visitas em Seattle. :)
Chega de metáforas. A maioria dos 7 leitores desse espaço já deve saber, mas aí vai: recebi uma oferta para trabalhar na Microsoft. É, aquela do Windows, do Bill Gates. Estou aguardando o visto, que deve demorar um bom tempo, mas fora isso está tudo certo. A proposta foi excelente e estou muito satisfeito. Se tudo correr bem, em Outubro estou indo para Redmond integrar o grupo "Identity & Access".
Devo passar ainda um mês aqui em São Paulo e depois vou para o Sul. Espero encontrar todos vocês antes de viajar. Depois, aguardarei as visitas em Seattle. :)
Monday, June 13, 2005
Team America
Já que resolveram não passar no Brasil, baixei e assisti. A melhor parte definitivamente são os primeiros minutos. O único problema é que eu já tinha visto esses minutos no trailer.
A crítica potencialmente pesada se perde no meio do exagero das piadas. Muitas vezes, própria piada se perde por lá também... Uma pena.
A crítica potencialmente pesada se perde no meio do exagero das piadas. Muitas vezes, própria piada se perde por lá também... Uma pena.
Sunday, June 12, 2005
Sr. e Sra. Smith
Ação gratuita com uma grande dose de humor. Discussões de relacionamento com facas, pistolas, bombas e similares. Divertidíssimo!
Monday, June 06, 2005
Neuromancer
Terminei. Bom livro, bem diferente de tudo que eu já tinha lido. O autor, William Gibson, aparentemente não sabe quase nada sobre computadores. Não que ele esteja preocupado com isso, muito pelo contrário. Essa separação da realidade permitiu uma liberdade de criação grande, gerando um cenário absurdo mas extremamente interessante.
Refletindo agora, creio que essa "viagem" toda daria um excelente anime, com a história distribuída ao longo de vários episódios e os cenários na matrix por conta de algum artista doido. Pena que em geral só se adaptam mangás.
Refletindo agora, creio que essa "viagem" toda daria um excelente anime, com a história distribuída ao longo de vários episódios e os cenários na matrix por conta de algum artista doido. Pena que em geral só se adaptam mangás.
Saturday, June 04, 2005
h2g2
"O Guia do Mochileiro das Galáxias" (como diria a voz de José Wilker) não tinha como dar um bom filme. E (oh, surprise, surprise) não deu mesmo.
A caracterização dos personagens ficou muito bem feita, mas quase todas as piadas inteligentes do livro (que são o que o tornam bom) se perderam. O roteiro é ruim, a direção é ruim. Pra completar o estrago (isso é tãão típico de Hollywood), enfiaram um romance bobo no meio da história.
Deprimente. Leia o livro. Livros são seus amigos.
A caracterização dos personagens ficou muito bem feita, mas quase todas as piadas inteligentes do livro (que são o que o tornam bom) se perderam. O roteiro é ruim, a direção é ruim. Pra completar o estrago (isso é tãão típico de Hollywood), enfiaram um romance bobo no meio da história.
Deprimente. Leia o livro. Livros são seus amigos.
Sunday, May 29, 2005
Existencialista
You scored as Existentialist. Existentialism emphasizes human capability. There is no greater power interfering with life and thus it is up to us to make things happen. Sometimes considered a negative and depressing world view, your optimism towards human accomplishment is immense. Mankind is condemned to be free and must accept the responsibility.
What is Your World View? (updated) created with QuizFarm.com |
Pontuação não muito alta em "Existentialist", seguida de perto por "Post Modernist" (Postmodernism is the belief in complete open interpretation) e "Cultural Creative" (a modern thinker who tends to shy away from organized religion but still feels as if there is something greater than ourselves)... É, that's me.
Monday, May 23, 2005
Out of Exile
Se você não ouviu ainda o novo álbum do Audioslave, faça esse favor a si mesmo. É o melhor som novo que escutei esse ano.
Sunday, May 22, 2005
Das diferentes visões da Força
Uma idéia que comecei a construir conversando com a Raquel e que agora me faz ver por que gosto muito menos desses novos episódios é a seguinte.
Originalmente, o poder de um Jedi era o seu auto-controle, a sua força de vontade, o seu conhecimento e domínio sobre a Força. A Força era algo metafísico, algo poderoso que envolvia toda a vida. Essa visão fica particularmente clara no treinamento de Luke Skywalker em Dagobah. Yoda diz:
"It's energy surrounds us and binds us. Luminous beings are we... not this crude matter."
O lado negro existia, era um caminho mais curto e sedutor. O maniqueísmo também já existia. A própria questão da Força estar ligada ao sangue estava presente, pois em mais de um momento é dito que esta é forte na família Skywalker.
Entretanto, essas questões foram levadas ao extremo nos episódios recentes. A questão do sangue virou midichlorians (micróbios da Força?) e o lado negro deixou de ser uma escolha para se tornar uma espécie de insanidade.
Ainda mais grave do que isso (e a razão pela qual comecei a escrever esse texto) foi o que se fez da Força. Ela tornou-se um mero instrumento, uma ferramenta. O poder e o controle passaram a ser coisas diferentes. Anakin era poderoso, mesmo sem controle.
Essa nova visão corroeu a magia e a filosofia implícita nos primeiros episódios da série, deixando muito pouco do original nestes novos. Restou a ambientação, restou a história, perdeu-se o encanto.
Originalmente, o poder de um Jedi era o seu auto-controle, a sua força de vontade, o seu conhecimento e domínio sobre a Força. A Força era algo metafísico, algo poderoso que envolvia toda a vida. Essa visão fica particularmente clara no treinamento de Luke Skywalker em Dagobah. Yoda diz:
"It's energy surrounds us and binds us. Luminous beings are we... not this crude matter."
O lado negro existia, era um caminho mais curto e sedutor. O maniqueísmo também já existia. A própria questão da Força estar ligada ao sangue estava presente, pois em mais de um momento é dito que esta é forte na família Skywalker.
Entretanto, essas questões foram levadas ao extremo nos episódios recentes. A questão do sangue virou midichlorians (micróbios da Força?) e o lado negro deixou de ser uma escolha para se tornar uma espécie de insanidade.
Ainda mais grave do que isso (e a razão pela qual comecei a escrever esse texto) foi o que se fez da Força. Ela tornou-se um mero instrumento, uma ferramenta. O poder e o controle passaram a ser coisas diferentes. Anakin era poderoso, mesmo sem controle.
Essa nova visão corroeu a magia e a filosofia implícita nos primeiros episódios da série, deixando muito pouco do original nestes novos. Restou a ambientação, restou a história, perdeu-se o encanto.
Wednesday, May 18, 2005
Revenge of the Sith
Sinto informar, mas o filme não é bom. Algumas cenas são legais e a história está bem encaixada, mas acaba aí. A direção é ruim, as atuações do Hayden Christensen (Anakin) e da Natalie Portman (Padmé) são ruins e o Yoda continua pulando como pipoca.
Melhor que o 1 e o 2, muito pior do que os outros 3. Definitivamente a melhor cena foi a dos saudosos letreiros amarelos passando.
Melhor que o 1 e o 2, muito pior do que os outros 3. Definitivamente a melhor cena foi a dos saudosos letreiros amarelos passando.
Monday, May 16, 2005
Do Mercado e da Democracia
Uma consideração muito interessante do economista Paul A. Samuelson, Nobel em 1970, em entrevista ao Valor Econômico:
Valor: Para muitos economistas, pressupostos keynesianos não se aplicam a esta sociedade de mercado. Como vê o o modelo de Keynes nesta democracia plutocrática?
Samuelson: O problema é outro. Quanto mais nos distanciamos da Grande Depressão e da Segunda Guerra, que unificou a todos nós, mais os eleitores americanos dão mostras de egoísmo e falta de altruísmo. Tecnicamente, sabemos que cada pessoa tem seu voto, o rico e o pobre. Isso é verdade, mas para se eleger hoje em dia, a menos que você seja muito rico, é preciso levantar muito dinheiro. E quem fornece esse dinheiro? Os lobistas. Por quê? Porque as pessoas que eles elegem fazem o que eles querem. Na verdade, os milionários e as grandes corporações não têm apenas votos proporcionais à quantidade de pessoas que as representam. Seus votos são proporcionais à sua riqueza. Não se trata apenas de maus líderes. Temos eleitores crédulos demais. Mas não se pode dizer: "Estou cansado desse grupo de eleitores, vou arrumar novos eleitores".
Valor: Para muitos economistas, pressupostos keynesianos não se aplicam a esta sociedade de mercado. Como vê o o modelo de Keynes nesta democracia plutocrática?
Samuelson: O problema é outro. Quanto mais nos distanciamos da Grande Depressão e da Segunda Guerra, que unificou a todos nós, mais os eleitores americanos dão mostras de egoísmo e falta de altruísmo. Tecnicamente, sabemos que cada pessoa tem seu voto, o rico e o pobre. Isso é verdade, mas para se eleger hoje em dia, a menos que você seja muito rico, é preciso levantar muito dinheiro. E quem fornece esse dinheiro? Os lobistas. Por quê? Porque as pessoas que eles elegem fazem o que eles querem. Na verdade, os milionários e as grandes corporações não têm apenas votos proporcionais à quantidade de pessoas que as representam. Seus votos são proporcionais à sua riqueza. Não se trata apenas de maus líderes. Temos eleitores crédulos demais. Mas não se pode dizer: "Estou cansado desse grupo de eleitores, vou arrumar novos eleitores".
Friday, May 06, 2005
Referrals
Graças ao post sobre Amsterdam do Renato, nesta semana estamos com referrals bem particulares: "vibradores gigantes", "alucinógenos naturais", "tirinhas drogas", "prostitutas".
Aí, depois dessa lista fantástica, vem a busca por "aptidão darwiniana". Parando pra pensar, até que faz sentido eles estarem procurando alguma.
Aí, depois dessa lista fantástica, vem a busca por "aptidão darwiniana". Parando pra pensar, até que faz sentido eles estarem procurando alguma.
Sunday, May 01, 2005
Demagogias
Descobri recentemente que existe um "Sith Code":
"Peace is a lie
There is only passion
Through passion I gain strength
Through strength I gain power
Through power I gain victory
Through victory my chains are broken
The Force shall set me free"
Este código se opõe ao "Jedi Code":
"There is no emotion; there is peace
There is no ignorance; there is knowledge
There is no passion; there is serenity
There is no chaos; there is harmony
There is no death; there is the Force"
Os códigos - como seria de se esperar - são bem antagônicos, principalmente no que se refere à oposição entre "paixão" e "paz".
Talvez haja um equilíbrio. Não havendo, qual lado você escolheria?
"Peace is a lie
There is only passion
Through passion I gain strength
Through strength I gain power
Through power I gain victory
Through victory my chains are broken
The Force shall set me free"
Este código se opõe ao "Jedi Code":
"There is no emotion; there is peace
There is no ignorance; there is knowledge
There is no passion; there is serenity
There is no chaos; there is harmony
There is no death; there is the Force"
Os códigos - como seria de se esperar - são bem antagônicos, principalmente no que se refere à oposição entre "paixão" e "paz".
Talvez haja um equilíbrio. Não havendo, qual lado você escolheria?
Thursday, April 28, 2005
Wasting Time
Se você quer perder seu tempo, esses dois links são tiro e queda.
Para perder um pouco de tempo, temos o Petals Around the Rose. O nome do jogo é importante. São jogados 5 dados e você sempre pode perguntar o resultado. A resposta é sempre zero ou um número par. O objetivo do jogo é descobrir qual é a regra para a obtenção do resultado. Gastei pouco mais de uma hora.
Para perder muito tempo, temos a indicação do Bruno: o not pr0n, que clama ser "the hardest riddle available on the internet". Muito provavelmente essa afirmação é verdadeira. No momento, eles têm 123 níveis. Eu gastei várias horas da minha vida e parei no 12.
Para perder um pouco de tempo, temos o Petals Around the Rose. O nome do jogo é importante. São jogados 5 dados e você sempre pode perguntar o resultado. A resposta é sempre zero ou um número par. O objetivo do jogo é descobrir qual é a regra para a obtenção do resultado. Gastei pouco mais de uma hora.
Para perder muito tempo, temos a indicação do Bruno: o not pr0n, que clama ser "the hardest riddle available on the internet". Muito provavelmente essa afirmação é verdadeira. No momento, eles têm 123 níveis. Eu gastei várias horas da minha vida e parei no 12.
Tuesday, April 26, 2005
Placebo
Não consegui ingressos pra São Paulo, fui a Campinas. Valeu a viagem, bom show. Só acho que eu teria curtido mais se conhecesse a banda há mais de 3 dias e soubesse mais de 2 letras de músicas.
Friday, April 22, 2005
Agitação
O mundo anda movimentado, não? Em poucos dias tivemos a eleição do papa-papão (como disse o Renato), o conflito entre China e Japão (que, parece, está arrefecendo), a confusão no Equador (em que - talvez não muito sabiamente - nos envolvemos) e agora, o rolo na Itália (o Berlusconi renunciou).
Qvantamon: E o Príncipe Rainier morreu, o Príncipe Charles se casou com seu cavalo, e o baterista Thomen "the Omen" Stauch saiu do Blind Guardian.
Como diz a (apócrifa) maldição chinesa... "May you live in interesting times".
Qvantamon: E o Príncipe Rainier morreu, o Príncipe Charles se casou com seu cavalo, e o baterista Thomen "the Omen" Stauch saiu do Blind Guardian.
Como diz a (apócrifa) maldição chinesa... "May you live in interesting times".
Monday, April 18, 2005
Microconto
Vi esse link no blog do Cristiano Dias, achei muito bom e resolvi escrever um.
"Gritou até perder a voz, mas nem assim o encontraram."
"Gritou até perder a voz, mas nem assim o encontraram."
Tuesday, April 12, 2005
Impressões de uma noite decadente em Amsterdam
Bom, já que o Hirai fez a parte dele falando sobre Shanghai, vou falar um pouco sobre o que pude perceber de Amsterdam em uma noite.
Amsterdam é, talvez, a cidade mais liberal no mundo. Drogas leves e alucinógenos naturais são oficialmente tolerados, e a zona de prostituição é uma das atrações turísticas da cidade. Para um estrangeiro que conhece apenas a região central, a impressão é de que a cidade gira em torno de sexo e drogas.
Logo à frente da Centraal Station, no centro dos canais semi-circulares que formam a cidade, fica o "Red Light District" (em bom português, a zona). São basicamente alguns quarteirões em que o imóvel padrão é um "quarto" de mais ou menos um metro de largura e uns 4 ou 5 de profundidade, com uma janela ocupando toda a frente, onde as prostitutas se exibem de lingerie. As prostitutas são, em geral, muito bonitas (muitas no nível de capa da Playboy), mas, claro, há as exceções para baixo orçamento, fetiches, whatever. O preço é barato, comparado com os do resto da Europa (40-50 euros por mais ou menos 20 minutos. Rapidinhos esses holandeses...). É proibido tirar fotos das prostitutas, e muitas partes do quarteirão são protegidas por câmeras de vigilância (e, segundo li, policiais à paisana). Além das prostitutas, há várias sex-shops, que nem mesmo evitam mostrar na vitrine coisas como vibradores gigantes ou capas bem gráficas de DVDs com títulos como "O Bode". Ao contrário das "janelas" de prostitutas, as sex-shops não existem somente no Red Light District: em qualquer ruazinha pequena perto do centro se passa por uma vitrine cheia de vibradores e vídeos pornôs.
Amsterdam é famosa pelas suas Coffee Shops: estabelecimentos onde se vai para consumir maconha e/ou haxixe (ou pra acessar à Internet...). Ao se entrar em um desses estabelecimentos, o atendente geralmente oferece um cardápio onde constam vários tipos de erva, com preços em torno de 11 euros por uma quantidade entre 2 e 4 gramas (dependendo do tipo). Há também estabelecimentos especializados em plantas e cogumelos alucinógenos (na Holanda não é proibida a venda das plantas in natura, apenas do material já processado), como psylocibes, peyote, mescalina, etc. Apesar de, no nosso caso específico, não nos terem sido oferecidas, pelo que ouvimos e pudemos perceber nos avisos pela cidade, "drogas pesadas" são um problema sério.
Algumas impressões gerais sobre as pessoas de Amsterdam:
A liberdade com relação ao sexo não parece trazer nenhuma conseqüência ruim para o ambiente, exceto talvez pelas vitrines com artigos pornográficos no meio da cidade. As drogas, por sua vez, trazem um problema social mais sério: a cidade é repleta de viciados, marginalizados, rondando pelas ruas. Em apenas uma noite na cidade, um amigo nosso foi roubado (não assaltado, tiraram o dinheiro da mão dele e correram). Andando pela cidade, várias vezes grupos de mendigos (alguns drogados) ficaram nos seguindo ou esperando em esquinas. Uma noite na cidade foi suficiente, para mim, para derrubar o argumento de que é a ilegalidade que marginaliza os usuários de drogas. A cidade tem alguns cenários bonitos, e parece bastante calma, mas, infelizmente, a sensação de insegurança e decadência estraga boa parte disso.
Amsterdam é, talvez, a cidade mais liberal no mundo. Drogas leves e alucinógenos naturais são oficialmente tolerados, e a zona de prostituição é uma das atrações turísticas da cidade. Para um estrangeiro que conhece apenas a região central, a impressão é de que a cidade gira em torno de sexo e drogas.
Sexo
Logo à frente da Centraal Station, no centro dos canais semi-circulares que formam a cidade, fica o "Red Light District" (em bom português, a zona). São basicamente alguns quarteirões em que o imóvel padrão é um "quarto" de mais ou menos um metro de largura e uns 4 ou 5 de profundidade, com uma janela ocupando toda a frente, onde as prostitutas se exibem de lingerie. As prostitutas são, em geral, muito bonitas (muitas no nível de capa da Playboy), mas, claro, há as exceções para baixo orçamento, fetiches, whatever. O preço é barato, comparado com os do resto da Europa (40-50 euros por mais ou menos 20 minutos. Rapidinhos esses holandeses...). É proibido tirar fotos das prostitutas, e muitas partes do quarteirão são protegidas por câmeras de vigilância (e, segundo li, policiais à paisana). Além das prostitutas, há várias sex-shops, que nem mesmo evitam mostrar na vitrine coisas como vibradores gigantes ou capas bem gráficas de DVDs com títulos como "O Bode". Ao contrário das "janelas" de prostitutas, as sex-shops não existem somente no Red Light District: em qualquer ruazinha pequena perto do centro se passa por uma vitrine cheia de vibradores e vídeos pornôs.
Drogas
Amsterdam é famosa pelas suas Coffee Shops: estabelecimentos onde se vai para consumir maconha e/ou haxixe (ou pra acessar à Internet...). Ao se entrar em um desses estabelecimentos, o atendente geralmente oferece um cardápio onde constam vários tipos de erva, com preços em torno de 11 euros por uma quantidade entre 2 e 4 gramas (dependendo do tipo). Há também estabelecimentos especializados em plantas e cogumelos alucinógenos (na Holanda não é proibida a venda das plantas in natura, apenas do material já processado), como psylocibes, peyote, mescalina, etc. Apesar de, no nosso caso específico, não nos terem sido oferecidas, pelo que ouvimos e pudemos perceber nos avisos pela cidade, "drogas pesadas" são um problema sério.
Pessoas
Algumas impressões gerais sobre as pessoas de Amsterdam:
Muitos imigrantes, bem mais que qualquer outro lugar da Europa que visitamos. Praticamente todos os atendentes de fast-food que vimos eram imigrantes, por exemplo. Além disso, muitos turistas.
Muitos mendigos, muitos deles também imigrantes. Ao se andar de madrugada pela cidade, a cada esquina se esbarra com dois ou três mendigos "semi-marginais", que ficam seguindo, importunando, ou mesmo pedindo papel pra enrolar baseado ou isqueiro. A impressão geral é que são viciados a ponto de assaltar os transeuntes para conseguir mais droga. Lamentável.
Talvez como conseqüência do número de estrangeiros, os holandeses são bastante poliglotas. Praticamente todas as pessoas falam inglês, e alguns falam francês, italiano, alemão, espanhol... Alguns mendigos, antes de começar a mendigar, perguntam qual a língua do interlocutor.
As pessoas andam pouco de carro. A cidade é bem pequena (observando o mapa, não parece ser difícil atravessá-la a pé), com muitas ciclovias, bondes, e três linhas de metrô. Entre os jovens, o meio de transporte é a bicicleta: ao final da balada, às 4 da manhã, a maioria dos freqüentadores estava pegando sua bicicleta para ir embora.
Sim, as holandesas (aliás, as que supomos que sejam holandesas, dado o número de estrangeiros pelas ruas) têm peitos. Vistosos até mesmo pra quem não tenha acabado de chegar da China...
Conclusão
A liberdade com relação ao sexo não parece trazer nenhuma conseqüência ruim para o ambiente, exceto talvez pelas vitrines com artigos pornográficos no meio da cidade. As drogas, por sua vez, trazem um problema social mais sério: a cidade é repleta de viciados, marginalizados, rondando pelas ruas. Em apenas uma noite na cidade, um amigo nosso foi roubado (não assaltado, tiraram o dinheiro da mão dele e correram). Andando pela cidade, várias vezes grupos de mendigos (alguns drogados) ficaram nos seguindo ou esperando em esquinas. Uma noite na cidade foi suficiente, para mim, para derrubar o argumento de que é a ilegalidade que marginaliza os usuários de drogas. A cidade tem alguns cenários bonitos, e parece bastante calma, mas, infelizmente, a sensação de insegurança e decadência estraga boa parte disso.
Sunday, April 10, 2005
Shanghai II
Já de volta ao Brasil. Seguem comentários mais detalhados sobre a cidade.
Alimentação: Muito diferente da nossa. Por falar nisso, a comida chinesa não tem nada a ver com o que se serve nos restaurantes "chineses" do Brasil. Os únicos pratos que vi por lá que também se serve aqui é aquele arroz frito (yakimeshi) e uma carne de porco cortada em tirinhas, frita, com molho marrom. De resto, comidas das mais variadas e esquisitas. Eles gostam muito de um molho agridoce e de coisas apimentadas. É difícil comer uma comida sem algum desses temperos. Se você pedir vários pratos, incluindo arroz, eles servem o arroz no final. Sem molho, sem nada. Num dos restaurantes, pegamos um molho como shoyu e gengibre que acompanhava o frango e começamos a pôr no arroz. Veio uma garçonete correndo, arrancou o molho das nossas mãos, pôs tudo no frango e levou a bacia embora. Em outro, pedimos (apontando no menu, como quase sempre)um prato que incluía macarrão, bife de porco e ovo. Veio uma sopa de macarrão com o bife e o ovo boiando. Muitas outras comidas eu não sei descrever (e nem sei o que eram). Tem uma série de pratos com frutos do mar e cogumelos. Pra escapar, McDonalds (tem pra todo lado lá). O menu é um pouco diferente (inclui alguns pratos locais), mas tem o básico. Pra beber, refrigerantes, cerveja, água, tudo normal; um vinho de arroz horroroso; e chá (normalmente vem grátis, antes da refeição). Em um restaurante também nos deram um copo de água quente pra beber.
Comunicação: Chinês é muito diferente de todos os idiomas ocidentais que já vi. Só aprendi uma coisa: "Ni Hao", que é uma saudação. De resto, "engrish". É impressionante como eles têm dificuldades com o inglês. Mesmo placas oficiais costumam ter um inglês tosco e errado. É raríssimo encontrar um texto escrito corretamente ou um chinês que fale bem o inglês. No entanto, com alguns gestos e bastante paciência, dá pra se virar.
Compras: Algumas lojas têm preços marcados e não há muita margem para negociação. Na maior parte dos casos, barganhar é quase uma obrigação. Em alguns lugares, a cara de pau é tanta que se anunciam promoções surreais do tipo "de 1000 por 150". Se você demonstrar interesse, os vendedores tentam vender a qualquer custo. Te puxam pelo braço, dizendo "look look, no problem" ou "cheaper for you". Se você reclama do preço, eles puxam a calculadora e dizem "you say how much!". Nesse momento, dependendo do item, você pode propor até um quinto do preço proposto. Eletrônicos não têm uma margem tão grande (nunca desce da metade do preço inicial, em geral desce uns 30%). O vendedor em geral vai reclamar (e se ele fizer algum gemido, do tipo "piii" ou "uuuuu", é porque você desceu o suficiente), mas muitas vezes, se ameaçar sair da loja, ele aceita.
Baladas: O som e o ambiente são bem parecidos com os daqui. Tem um pop rock chinês que é triste, mas também nada muito diferente de algumas porcarias populares no Brasil. O comportamento das pessoas é diferente. É muito fácil contato físico (em geral, basta chegar junto), mas é muito difícil beijar. Parece que na cultura deles um beijo é algo mais importante, mas não consegui perguntar pra ter certeza. Tem muitas mulheres aproveitadoras, que já chegam pedindo pra você pagar uma bebida pra elas.
Aparência: Quase não existem chineses gordos. As chinesas têm a pele muito bonita, mas não têm corpo. As roupas não mudam muito das nossas, exceto por uma quantidade maior de ternos e pelos "rasgos" (como é o nome disso?) nas saias que vão quase até a cintura.
Arquitetura: No centro (e particularmente em Pudong, região em que se instalaram as empresas estrangeiras), os prédios dominam. Construções gigantescas e muito modernas. Shanghai é a cidade mais vertical que eu conheço (muito mais que São Paulo). Aquelas casas mais "orientais" só existem em parques e locais específicos de visitação. No subúrbio, pessoas se amontoam em pequenos prédios de dois andares, separados por ruas minúsculas.
Ambiente: As ruas são limpas e um pouco arborizadas. De forma geral, a cidade tem um feeling muito urbano: concreto e asfalto pra todo lado. Uma nuvem de fumaça cobre a região central a maior parte do tempo (céu azul é raro). O sol se põe na fumaça bem antes de encontar o horizonte.
Segurança: Não vi nenhum assalto e (aparentemente) não corri nenhum risco. Parece que os índices de criminalidade na cidade são mínimos.
Transporte: Como eu tinha mencionado, o trânsito é caótico. Os sinais são meros enfeites, quem chegar primeiro passa. Os carros e bicicletas buzinam quase sempre, inclusive pra carros parados no sinal vermelho. Não entendi até agora como eles não batem. O metrô cobre uma área grande da cidade (e, neste momento, estão sendo construídas 100 novas estações) e funciona bem. No horário de pico fica insuportavelmente cheio (vimos inclusive um guarda empurrando as pessoas pra dentro do trem). Não vi caminhões, creio que a maior parte da carga pesada é transportada via fluvial, através do rio principal (Huangpu) e de vários canais menores. A cidade conta com dois aeroportos e um maglev (que serve um trecho curto, conectando o aeroporto mais afastado ao centro - 30km em 7 minutos).
Avaliação geral: A impressão que tive é totalmente diferente do que eu esperava da China. Achei que veria mais pobreza e mais repressão do estado. Gostei de visitar a cidade, mas não moraria nela. Depois de algum tempo, o cenário pessoas-prédios-pessoas acaba saturando.
Alimentação: Muito diferente da nossa. Por falar nisso, a comida chinesa não tem nada a ver com o que se serve nos restaurantes "chineses" do Brasil. Os únicos pratos que vi por lá que também se serve aqui é aquele arroz frito (yakimeshi) e uma carne de porco cortada em tirinhas, frita, com molho marrom. De resto, comidas das mais variadas e esquisitas. Eles gostam muito de um molho agridoce e de coisas apimentadas. É difícil comer uma comida sem algum desses temperos. Se você pedir vários pratos, incluindo arroz, eles servem o arroz no final. Sem molho, sem nada. Num dos restaurantes, pegamos um molho como shoyu e gengibre que acompanhava o frango e começamos a pôr no arroz. Veio uma garçonete correndo, arrancou o molho das nossas mãos, pôs tudo no frango e levou a bacia embora. Em outro, pedimos (apontando no menu, como quase sempre)um prato que incluía macarrão, bife de porco e ovo. Veio uma sopa de macarrão com o bife e o ovo boiando. Muitas outras comidas eu não sei descrever (e nem sei o que eram). Tem uma série de pratos com frutos do mar e cogumelos. Pra escapar, McDonalds (tem pra todo lado lá). O menu é um pouco diferente (inclui alguns pratos locais), mas tem o básico. Pra beber, refrigerantes, cerveja, água, tudo normal; um vinho de arroz horroroso; e chá (normalmente vem grátis, antes da refeição). Em um restaurante também nos deram um copo de água quente pra beber.
Comunicação: Chinês é muito diferente de todos os idiomas ocidentais que já vi. Só aprendi uma coisa: "Ni Hao", que é uma saudação. De resto, "engrish". É impressionante como eles têm dificuldades com o inglês. Mesmo placas oficiais costumam ter um inglês tosco e errado. É raríssimo encontrar um texto escrito corretamente ou um chinês que fale bem o inglês. No entanto, com alguns gestos e bastante paciência, dá pra se virar.
Compras: Algumas lojas têm preços marcados e não há muita margem para negociação. Na maior parte dos casos, barganhar é quase uma obrigação. Em alguns lugares, a cara de pau é tanta que se anunciam promoções surreais do tipo "de 1000 por 150". Se você demonstrar interesse, os vendedores tentam vender a qualquer custo. Te puxam pelo braço, dizendo "look look, no problem" ou "cheaper for you". Se você reclama do preço, eles puxam a calculadora e dizem "you say how much!". Nesse momento, dependendo do item, você pode propor até um quinto do preço proposto. Eletrônicos não têm uma margem tão grande (nunca desce da metade do preço inicial, em geral desce uns 30%). O vendedor em geral vai reclamar (e se ele fizer algum gemido, do tipo "piii" ou "uuuuu", é porque você desceu o suficiente), mas muitas vezes, se ameaçar sair da loja, ele aceita.
Baladas: O som e o ambiente são bem parecidos com os daqui. Tem um pop rock chinês que é triste, mas também nada muito diferente de algumas porcarias populares no Brasil. O comportamento das pessoas é diferente. É muito fácil contato físico (em geral, basta chegar junto), mas é muito difícil beijar. Parece que na cultura deles um beijo é algo mais importante, mas não consegui perguntar pra ter certeza. Tem muitas mulheres aproveitadoras, que já chegam pedindo pra você pagar uma bebida pra elas.
Aparência: Quase não existem chineses gordos. As chinesas têm a pele muito bonita, mas não têm corpo. As roupas não mudam muito das nossas, exceto por uma quantidade maior de ternos e pelos "rasgos" (como é o nome disso?) nas saias que vão quase até a cintura.
Arquitetura: No centro (e particularmente em Pudong, região em que se instalaram as empresas estrangeiras), os prédios dominam. Construções gigantescas e muito modernas. Shanghai é a cidade mais vertical que eu conheço (muito mais que São Paulo). Aquelas casas mais "orientais" só existem em parques e locais específicos de visitação. No subúrbio, pessoas se amontoam em pequenos prédios de dois andares, separados por ruas minúsculas.
Ambiente: As ruas são limpas e um pouco arborizadas. De forma geral, a cidade tem um feeling muito urbano: concreto e asfalto pra todo lado. Uma nuvem de fumaça cobre a região central a maior parte do tempo (céu azul é raro). O sol se põe na fumaça bem antes de encontar o horizonte.
Segurança: Não vi nenhum assalto e (aparentemente) não corri nenhum risco. Parece que os índices de criminalidade na cidade são mínimos.
Transporte: Como eu tinha mencionado, o trânsito é caótico. Os sinais são meros enfeites, quem chegar primeiro passa. Os carros e bicicletas buzinam quase sempre, inclusive pra carros parados no sinal vermelho. Não entendi até agora como eles não batem. O metrô cobre uma área grande da cidade (e, neste momento, estão sendo construídas 100 novas estações) e funciona bem. No horário de pico fica insuportavelmente cheio (vimos inclusive um guarda empurrando as pessoas pra dentro do trem). Não vi caminhões, creio que a maior parte da carga pesada é transportada via fluvial, através do rio principal (Huangpu) e de vários canais menores. A cidade conta com dois aeroportos e um maglev (que serve um trecho curto, conectando o aeroporto mais afastado ao centro - 30km em 7 minutos).
Avaliação geral: A impressão que tive é totalmente diferente do que eu esperava da China. Achei que veria mais pobreza e mais repressão do estado. Gostei de visitar a cidade, mas não moraria nela. Depois de algum tempo, o cenário pessoas-prédios-pessoas acaba saturando.
Thursday, March 31, 2005
Shanghai
A cidade eh muito massa. Quando der, publico as fotos. As noturnas sao as melhores... Muitas pessoas. Quase ninguem fala ingles, a comunicacao eh terrivel. Demorei uns 15 minutos pra conseguir entender o que o cara da lan house aqui queria pra eu poder usar o computador. Pelo menos o teclado eh us-international...
Aa noite, surgem pessoas do nada oferecendo "rolex", "ladies party" e "sexy massage". O comercio fica aberto ateh tarde (as 23h ainda estava tudo aberto). A Nanjing Road fica toda iluminada, cheia de letreiros.
O transito eh o caos. Os carros ultrapassam por qualquer lado. Os pedestres andam na rua, sem se importar com os carros. Todo mundo buzina. E tem um monte de gente de bicicleta.
As pessoas se vestem de forma bem parecida com a nossa. O padrao de beleza parece ser o ocidental (a maioria dos anuncios mostra uns chineses (?) parecidos com ocidentais).
Os consumidores nao tem muita paciencia. Se mal atendidos, reclamam e gritam. BTW, ninguem eh muito educado. Cuspir no chao eh um habito comum (inclusive dentro de lugares fechados).
Comida e roupas sao bem baratas. Eletronicos sao mais caros que nos USA e mais baratos que no Brasil.
Ok, chega de internet. Quando der, posto mais noticias. :)
Aa noite, surgem pessoas do nada oferecendo "rolex", "ladies party" e "sexy massage". O comercio fica aberto ateh tarde (as 23h ainda estava tudo aberto). A Nanjing Road fica toda iluminada, cheia de letreiros.
O transito eh o caos. Os carros ultrapassam por qualquer lado. Os pedestres andam na rua, sem se importar com os carros. Todo mundo buzina. E tem um monte de gente de bicicleta.
As pessoas se vestem de forma bem parecida com a nossa. O padrao de beleza parece ser o ocidental (a maioria dos anuncios mostra uns chineses (?) parecidos com ocidentais).
Os consumidores nao tem muita paciencia. Se mal atendidos, reclamam e gritam. BTW, ninguem eh muito educado. Cuspir no chao eh um habito comum (inclusive dentro de lugares fechados).
Comida e roupas sao bem baratas. Eletronicos sao mais caros que nos USA e mais baratos que no Brasil.
Ok, chega de internet. Quando der, posto mais noticias. :)
Tuesday, March 29, 2005
China
Estou indo para o outro lado do mundo daqui a pouco. Volto na semana que vem, dia 08. Se der, posto alguma coisa de lá.
Saturday, March 26, 2005
Chomsky manda bem
Sou fã desse cara. Aqui, uma reportagem pertinente sobre o nem-tão-recente-assim processo de democratização no Oriente Médio e alguns trechos de uma entrevista dada por Noam Chomsky ao Valor Econômico.
The Love Song of J. Alfred Prufrock
Indicação excepcional da Sam: T.S. Eliot. Leiam isso:
"For I have known them all already, known them all:
Have known the evenings, mornings, afternoons,
I have measured out my life with coffee spoons;
I know the voices dying with a dying fall
Beneath the music from a farther room.
So how should I presume?"
O poema completo está aqui.
"For I have known them all already, known them all:
Have known the evenings, mornings, afternoons,
I have measured out my life with coffee spoons;
I know the voices dying with a dying fall
Beneath the music from a farther room.
So how should I presume?"
O poema completo está aqui.
Thursday, March 24, 2005
Wednesday, March 23, 2005
Mendel estava errado?
Pesquisadores da Universidade de Purdue (Indiana, EUA), encontraram uma planta que parece ser capaz de trocar DNA de seus pais pelo de ancestrais mais antigos. Perceberam que 10% das tais plantas não herdavam uma deformidade presente em ambos os pais, revertendo o seu código genético para um outro, presente apenas nos avós. Isso desafia as leis de herança postuladas por Mendel e provavelmente levará à revisão de alguns conceitos fundamentais da genética.
Louco, não?
Louco, não?
Monday, March 21, 2005
hirai on flickr
Wednesday, March 16, 2005
Before Sunset
Por menos romântico que se seja, é inevitável pensar no Amor (é, com A maiúsculo) vendo esse filme. A forma como o diálogo se desenvolve, passando da indiferença disfarçada às confissões e acusações mais sinceras, é genial.
E aquela cena em que ela estende a mão para tocar o rosto dele e desiste é espetacular.
E aquela cena em que ela estende a mão para tocar o rosto dele e desiste é espetacular.
Sunday, March 13, 2005
The Hichhiker's Guide to the Galaxy
A melhor parte dessas adaptações para o cinema é que elas me estimulam a ler os originais. Devorei o primeiro volume da série do Douglas Adams. É engraçadíssimo. Faz tempo que eu não ria tanto com um livro.
"Curiously enough, the only thing that went through the mind of the bowl of petunias as it fell was Oh no, not again. Many people have speculated that if we knew exactly why the bowl of petunias had thought that we would know a lot more about the nature of the Universe than we do now."
"Curiously enough, the only thing that went through the mind of the bowl of petunias as it fell was Oh no, not again. Many people have speculated that if we knew exactly why the bowl of petunias had thought that we would know a lot more about the nature of the Universe than we do now."
Tuesday, March 08, 2005
Monday, March 07, 2005
Holotouch
Uma interface holográfica interativa? Parece farsa, mas aparentemente não é. Se for mentira, é das boas, porque essa revista de engenharia também acreditou.
Sunday, March 06, 2005
Funny Quote
A man said to the universe: "Sir I exist!" "However," replied the universe, "The fact has not created in me a sense of obligation."
- Stephen Crane, writer (1871-1900)
- Stephen Crane, writer (1871-1900)
Friday, February 25, 2005
Thursday, February 24, 2005
Caminhos
Percorrendo de novo aqueles velhos caminhos, percebo que mudei. Sei que estou mais forte, mas sinto que perdi alguma coisa.
Dizem que nunca se pode navegar duas vezes no mesmo rio, pois as águas que correm nele sempre mudam. Da mesma forma, nunca a calçada é a mesma: sou diferente a cada caminhar.
Dizem que nunca se pode navegar duas vezes no mesmo rio, pois as águas que correm nele sempre mudam. Da mesma forma, nunca a calçada é a mesma: sou diferente a cada caminhar.
Almoçando com os racistas
Esta matéria chega a ser engraçada... mas causa uma certa decepção com a humanidade...
Monday, February 21, 2005
Million Dollar Baby
O IMDb não mente jamais. Ele me disse que o Clint Eastwood fez um filme bom. Fui lá ver, e devo concordar. Million Dollar Baby é um 8.4.
Sunday, February 20, 2005
Tuesday, February 15, 2005
Monday, February 14, 2005
Friday, February 11, 2005
Estrela da morte
Os Saturnianos hostis já desenvolveram sua Estrela da Morte. Isso é o que eu chamo de "Arma de Destruição em Massa". Precisamos "democratizar" Saturno urgentemente...
Tuesday, February 08, 2005
She's only happy in the sun
"I know you may not want to see me
On your way down from the clouds
Would you hear me if I told you
That my heart is with you now
She's only happy in the sun
She's only happy in the sun
Did you find what you were after
The pain and the laughter brought you to your knees
But if the sun sets you free
Sets you free
You'll be free indeed
Indeed
She's only happy in the sun
She's only happy in the sun
Every time I hear you laughing
Hear you laughing
It makes me cry
Like a story of life
Of life
Is hello goodbye
She's only happy in the sun"
-- Ben Harper
On your way down from the clouds
Would you hear me if I told you
That my heart is with you now
She's only happy in the sun
She's only happy in the sun
Did you find what you were after
The pain and the laughter brought you to your knees
But if the sun sets you free
Sets you free
You'll be free indeed
Indeed
She's only happy in the sun
She's only happy in the sun
Every time I hear you laughing
Hear you laughing
It makes me cry
Like a story of life
Of life
Is hello goodbye
She's only happy in the sun"
-- Ben Harper
Thursday, February 03, 2005
Ficção científica?
Algo do tipo "como fugir do Universo antes que ele acabe". Não entendi bulhufas. Espero que esses físicos saibam o que estão fazendo.
Cem anos de solidão
Gabriel García Márquez mereceu o Nobel de Literatura que ganhou. "Cem anos de solidão" acaba de entrar para a minha escassa lista de livros que merecem ser relidos. Uma obra literalmente fantástica.
Uma palhinha:
"Cada vez mais assombrado com a lucidez de José Arcadio Buendía, perguntou-lhe como era possível que o mantivessem amarrado numa árvore.
- Hoc est simplicissimum: - respondeu ele - porque estou louco."
Uma palhinha:
"Cada vez mais assombrado com a lucidez de José Arcadio Buendía, perguntou-lhe como era possível que o mantivessem amarrado numa árvore.
- Hoc est simplicissimum: - respondeu ele - porque estou louco."
Wednesday, February 02, 2005
Monday, January 31, 2005
Tem horas que o mundo precisa de um break;
pra sair do loop...
Oficiais americanos ficaram surpresos e encorajados hoje com o nível de participação na eleição presidencial de [país invadido], apesar de uma campanha terrorista do [guerrilha local] para atrapalhar a votação. De acordo com relatos de [capital tomada], 83% dos 5.85 milhões de votantes registrados votaram ontem. Muitos deles arriscaram represálias ameaçadas pelo [guerrilha local].
... Uma eleição com sucesso vem sendo vista há muito tempo como a peça chave na política do presidente [texano] de encorajar o crescimento de processos constitucionais no [país invadido]. A eleição foi o ponto culminante de um desenvolvimento constitucional que iniciou em [data], à qual o presidente [texano] se compromenteu pessoalmente quando encontrou [político fantoche], o chefe de Estado,em [local, data].
Traduzindo:
país invadido:Vietnam
guerrilha local:Vietcong
texano:Lyndon Johnson
O texto acima é um trecho de uma matéria do New York Times, em 3 de Setembro de 1967.
Retirado deste artigo do MetaFilter (links para o texto inteiro no artigo). Se o fim da história também for o mesmo, pelo menos a minha entidade onisciente favorita vai poder dizer "eu já sabia!"
Wednesday, January 26, 2005
Bagunça
Enquanto não me organizo, seguem comentários soltos.
Não tenho ido ao cinema, mas compensei lendo. O Vermelho e o Negro do Stendhal e A mulher de 30 anos do Balzac diminuíram meu débito com o realismo. Obras interessantes, mas não são o meu gênero predileto. Preferi o primeiro. Li também Borges e os Orangotangos Eternos e Pega pra Kaputt, do Verissimo (o último, do qual gostei mais, foi escrito há muito tempo por ele e mais 3 caras, o Sclyar entre eles). E terminei ontem The Adventures of Tom Sawyer, do Mark Twain. Achei que seria muito infantil, mas me enganei. É uma obra excelente, certamente merecedora do status que tem. Me diverti muito.
E João Pessoa tem uma praia bonita com pessoas feias.
Não tenho ido ao cinema, mas compensei lendo. O Vermelho e o Negro do Stendhal e A mulher de 30 anos do Balzac diminuíram meu débito com o realismo. Obras interessantes, mas não são o meu gênero predileto. Preferi o primeiro. Li também Borges e os Orangotangos Eternos e Pega pra Kaputt, do Verissimo (o último, do qual gostei mais, foi escrito há muito tempo por ele e mais 3 caras, o Sclyar entre eles). E terminei ontem The Adventures of Tom Sawyer, do Mark Twain. Achei que seria muito infantil, mas me enganei. É uma obra excelente, certamente merecedora do status que tem. Me diverti muito.
E João Pessoa tem uma praia bonita com pessoas feias.
Tuesday, January 25, 2005
Closer
Fui assistir a esse filme hoje, depois de ler boas críticas, e descobrir que a Natalie Portman estava indicada para o Oscar por esse filme. Sempre achei ela só um rosto bonito que atuava razoavelmente, e nunca a tinha visto num papel mais sério (minto: depois fui descobrir que ela atuou -- muito bem, por sinal -- como a Mathilda em O Profissional). Depois desse filme, e de ler a biografia dela no imdb, passei a respeitá-la.
De volta ao filme: fui esperando algo meio comédia romântica, ou, depois de saber que não era comédia, um romance babão. Ao contrário, Closer é uma visão extremamente crua e realista dos relacionamentos ambíguos entre os quatro protagonistas. Todos são egoístas, obcecados, hipócritas, infantis, pessoas de verdade. O melhor: o filme consegue fazer poesia com pessoas reais.
De volta à Natalie Portman: Ela será a Evey em V for Vendetta. Espero que -- caso o filme esteja realmente pronto até 5 de novembro -- a estréia seja mundial (e a distribuidora não resolva boicotar a estréia por causa de um filme qualquer da Xuxa, como foi feito com LotR). Afinal, não é à toa que o filme está agendado para 400 anos depois do atentado.
De volta ao filme: fui esperando algo meio comédia romântica, ou, depois de saber que não era comédia, um romance babão. Ao contrário, Closer é uma visão extremamente crua e realista dos relacionamentos ambíguos entre os quatro protagonistas. Todos são egoístas, obcecados, hipócritas, infantis, pessoas de verdade. O melhor: o filme consegue fazer poesia com pessoas reais.
De volta à Natalie Portman: Ela será a Evey em V for Vendetta. Espero que -- caso o filme esteja realmente pronto até 5 de novembro -- a estréia seja mundial (e a distribuidora não resolva boicotar a estréia por causa de um filme qualquer da Xuxa, como foi feito com LotR). Afinal, não é à toa que o filme está agendado para 400 anos depois do atentado.
Sunday, January 23, 2005
Tuesday, January 18, 2005
Mudanças
Me formei, fui contratado, me mudei para São Paulo, comprei mais roupas sociais, fiquei temporariamente sem internet em casa e sem tempo para postar. Estou em um período de transição. Alugarei um apartamento, estabilizarei a minha vida, terei novas idéias e aí voltaremos a conversar.
Wednesday, January 12, 2005
Opa! Foi mal aí...
É oficial. Os americanos desistiram de achar armas de destruição em massa no Iraque. Agora, quando alguém vai invadir a casa do W, matar uns 2 ou 3 parentes, quebrar tudo, e depois dizer "Opa! Foi mal aí... achei que tinha umas armas aqui".
Thursday, January 06, 2005
Sunday, January 02, 2005
Hits Espúrios
O campeão do momento é "biscoito da sorte", vindo do Google. Talvez as seguintes informações lhe sejam úteis, prezado desorientado visitante.
Os biscoitos da sorte não são uma tradição oriental. A idéia foi introduzida por Makoto Hagiwara em São Francisco, nos Estados Unidos. Embora seja amplamente conhecido em restaurantes chineses de fora, na China o biscoito é praticamente desconhecido. E nesta página você pode encontrar citações engraçadas, do tipo "o maior perigo pode ser a sua estupidez".
E o segundo colocado é "blog sobre homens". O que eu posso dizer sobre homens é que quando bebês eles vestem azul e depois que crescem se sentem naturalmente atraídos pelas curvas femininas. Além disso, urinam em pé e não usam saias - a menos, é claro, que sejam escoceses. Mas dificilmente um escocês lerá isso.
Os biscoitos da sorte não são uma tradição oriental. A idéia foi introduzida por Makoto Hagiwara em São Francisco, nos Estados Unidos. Embora seja amplamente conhecido em restaurantes chineses de fora, na China o biscoito é praticamente desconhecido. E nesta página você pode encontrar citações engraçadas, do tipo "o maior perigo pode ser a sua estupidez".
E o segundo colocado é "blog sobre homens". O que eu posso dizer sobre homens é que quando bebês eles vestem azul e depois que crescem se sentem naturalmente atraídos pelas curvas femininas. Além disso, urinam em pé e não usam saias - a menos, é claro, que sejam escoceses. Mas dificilmente um escocês lerá isso.
Saturday, January 01, 2005
Google Scholar
Eles não param: scholar.google.com.
Update (conforme requisitado no comentário): na página acima referenciada pode-se fazer pesquisas sobre material acadêmico (artigos e livros). Grande parte dos resultados é só uma referência bibliográfica (e não um link, como é usual) porque o texto não está online. Não consegui descobrir exatamente em que bases de dados o Google faz a busca. Os resultados são baseados em citações, mais ou menos no mesmo formato em que é feita a busca na web.
Update (conforme requisitado no comentário): na página acima referenciada pode-se fazer pesquisas sobre material acadêmico (artigos e livros). Grande parte dos resultados é só uma referência bibliográfica (e não um link, como é usual) porque o texto não está online. Não consegui descobrir exatamente em que bases de dados o Google faz a busca. Os resultados são baseados em citações, mais ou menos no mesmo formato em que é feita a busca na web.
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