Saturday, July 26, 2003

Wildest Dreams

A faixa que dá título ao novo single do Iron, Wildest Dreams, está disponível para download no site deles.

Não gostei muito. Este single teoricamente é uma prévia do próximo álbum, Dance of Death, a ser lançado dia 08 de Setembro. Será que decepcionará?

Friday, July 25, 2003

Sarcasmo budista

Descobri recentemente que o Buddha era muito bom nisso. Praticamente um Tatsuya Ishida (Sinfest). O Tipitaka (coletânea de todos os discursos do Buddha) é cheio de trocadilhos linguísticos, alfinetadas nos "poderes" da Índia da época e coisas do gênero.

Mas o que eu achei o máximo foi a seguinte cena, 100% Sinfest. Não a cena em si, mas o personagem envolvido, o "Grande Brahma". No hinduísmo, o "Grande Brahma" é o criador do universo, governante do mundo, etc, etc, etc. No budismo, o "Grande Brahma" é um deva (habitante de um plano superior, sem nenhuma influência significativa no plano humano) com delírios de grandeza que acha que criou o universo e governa o mundo. Só falta o fantoche na mão.

Certa feita, um monge tinha uma dúvida metafísica, e foi passeando por todos os planos superiores em busca de sua resposta. Nas escrituras tem uma descrição extremamente repetitiva dele indo de um em um, fazendo a pergunta, e sendo encaminhado para outro, até que ele é finalmente encaminhado para o Grande Brahma. Segue o diálogo dele com o mesmo (retirado do Kevatta Sutta, em http://www.accesstoinsight.org)


(...)

"So the monk approached the Great Brahma and, on arrival, said, 'Friend, where do these four great elements -- the earth property, the liquid property, the fire property, and the wind property -- cease without remainder?'

"When this was said, the Great Brahma said to the monk, 'I, monk, am Brahma, the Great Brahma, the Conqueror, the Unconquered, the All-Seeing, All-Powerful, the Sovereign Lord, the Maker, Creator, Chief, Appointer and Ruler, Father of All That Have Been and Shall Be.'

A second time, the monk said to the Great Brahma, 'Friend, I didn't ask you if you were Brahma, the Great Brahma, the Conqueror, the Unconquered, the All-Seeing, All-Powerful, the Sovereign Lord, the Maker, Creator, Chief, Appointer and Ruler, Father of All That Have Been and Shall Be. I asked you where these four great elements -- the earth property, the liquid property, the fire property, and the wind property -- cease without remainder.'

"A second time, the Great Brahma said to the monk, 'I, monk, am Brahma, the Great Brahma, the Conqueror, the Unconquered, the All-Seeing, All-Powerful, the Sovereign Lord, the Maker, Creator, Chief, Appointer and Ruler, Father of All That Have Been and Shall Be.'

"A third time, the monk said to the Great Brahma, 'Friend, I didn't ask you if you were Brahma, the Great Brahma, the Conqueror, the Unconquered, the All-Seeing, All-Powerful, the Sovereign Lord, the Maker, Creator, Chief, Appointer and Ruler, Father of All That Have Been and Shall Be. I asked you where these four great elements -- the earth property, the liquid property, the fire property, and the wind property -- cease without remainder.'

"Then the Great Brahma, taking the monk by the arm and leading him off to one side, said to him, 'These gods of the retinue of Brahma believe, "There is nothing that the Great Brahma does not know. There is nothing that the Great Brahma does not see. There is nothing of which the Great Brahma is unaware. There is nothing that the Great Brahma has not realized." That is why I did not say in their presence that I, too, don't know where the four great elements... cease without remainder.(...)



E agora uma historinha curta:
Certa vez, o Buddha estava andando e encontrou um asceta, que lhe disse orgulhosamente: "Eu estive meditando por 25 anos". Ao que o Buddha respondeu: "E o que você conseguiu?". "Eu agora consigo atravessar este rio andando sobre as águas", disse o asceta. "Então amigo", disse o Buddha, "você perdeu seu tempo, pois você poderia atravessar o rio em uma balsa pagando apenas uma moeda".

Thursday, July 24, 2003

Poemas Darwinianos, Algoritmos Genéticos

Achei um link para este projeto no blog do Ricardo. A idéia do cara é gerar poemas aleatórios e apresentá-los para as pessoas votarem. Os mais votados têm mais chance de se "recombinarem" entre si e se "perpetuarem".

Resolvi comentar porque trabalho com um assunto semelhante na minha iniciação científica, Algoritmos Genéticos. Algoritmos Genéticos são uma heurística bastante utilizada em problemas de otimização combinatória. (Algoritmos são, simplificadamente, séries de instruções para a realização de uma tarefa (no contexto em que normalmente são utilizados, representam programas de computador); heurística é um algoritmo para resolver um problema de forma não necessariamente exata, mas geralmente boa, satisfatória). A idéia básica é codificar soluções factíveis de um problema (aquelas que não violam nenhuma restrição e têm todas as características impostas pelo problema) em genes, atribuir adaptabilidades a elas (normalmente estas funções são definidas pelo próprio problema), e recombinar estes genes, dando maior probabilidade de participar nos cruzamentos aos melhor adaptados. Também são utilizadas mutações para diversificar a população (conjunto de soluções).

Nota-se claramente que a idéia do cara dos poemas é semelhante. Mas, mesmo que os algoritmos genéticos tenham um histórico muito bom em problemas bastante complexos, creio que neste caso ele está fadado a fracassar.

Para começar, os poemas gerados aleatoriamente não poderiam ser considerados "factíveis" (a menos que você seja um dos malditos concretistas ou algo que o valha). Eles não obedecem nenhuma regra gramatical, são repletos de estruturas totalmente absurdas ("the the wall"), menos ainda tentam algum padrão (rima ou métrica) para os versos.

Mesmo que, por sorte, alguns dos 10.000 poemas gerados inicialmente fossem aceitáveis, o processo de recombinação é falho. Um poema dificilmente vai ser avaliado a partir de suas partes. Normalmente, o que vale é o conjunto. E justamente este conjunto é destruído na recombinação. O método dele é sortear (entre 1 e 5) o número de pontos de quebra (em qualquer lugar do texto), quebrar dois textos e recombiná-los. Talvez ele selecione as palavras mais agradáveis ao longo do processo, mas dificilmente os melhores poemas.

O processo de avaliação também é ruim. São apresentados dois poemas ao usuário, para que este escolha o melhor. Pelo que entendi, o melhor ganha um ponto. Ora, muitas vezes os dois poemas apresentados são péssimos, e nem sequer existe uma maneira de não pontuar nenhum. Tudo bem que a avaliação de poesias é subjetiva, mas é preciso dar alguma objetividade ao processo para ter um algoritmo decente.

Para melhorar a coisa, creio que deveriam ser gerados versos sintaticamente aceitáveis, e poesias combinando os versos segundo alguma estrutura (podendo incluir "livre" entre elas). Poderia haver dois processos de recombinação: trocando palavras entre versos e trocando versos entre poemas, sempre tentando manter a factibilidade sintática e estrutural. Acho também que valeria a pena pontuar versos além dos poemas, e numa escala fixa (e não comparando-os dois a dois). Mas isto tudo é muito complexo, não sei se daria certo mesmo assim.

Vejam um exemplo de poema gerado pelo sistema dele:

"he bisecting splendid lists
blood of stone frontier loose boronic to storms
shot fierce drunk you is"

Ruim, não?

O Idiota

Dostoiévski me lembra, de certa forma, Machado de Assis. O que os dois têm em comum? São geniais.

Terminei de ler "O Idiota". O livro trata das desventuras de um indivíduo plenamente puro e ingênuo, o príncipe Míchkin. Tal personagem sofre de epilepsia, e a história se dá a partir de seu retorno para a Rússia, vindo de um tratamento no exterior. No país natal, tenta conviver com "a sociedade", constituída de personagens caricatos e tão ou mais loucos do que ele próprio.

A obra é absolutamente genial na caracterização dos personagens; o autor descreve de forma excepcional os traços psicológicos destes. Além disto, o livro é repleto de questões filosóficas, políticas e teológicas apresentadas por estes personagens. Abaixo um trecho.

"Entretanto, a despeito de toda a minha vontade, nunca pude imaginar que não existe vida futura nem providência. Ou melhor, que tudo isso existe mas que nada entendemos da vida futura e das suas leis. Mas se é tão difícil e totalmente impossível compreender isso, então será que eu vou resonder pelo fato de que não tive condição de compreender o inconcebível? Eles dizem, é verdade e, é claro, com eles o príncipe, que aí se precisa de obediência, que é necessário obedecer sem julgar, apenas por boa educação, e que por minha submissão eu serei recompensado sem falta no outro mundo. Nós humilhamos demasiadamente a providência, atribuindo-lhe os nossos conceitos, movidos pelo despeito de não podermos compreendê-la. Porém, se ademias é impossível compreendê-la, então, repito, também é difícil responder por aquilo que não é dado ao homem compreender. Sendo assim, de que jeito irão me julgar pelo fato de que eu não pude compreender a verdadeira vontade e as leis da providência? Não, o melhor é deixarmos para lá a religião."

Sunday, July 20, 2003

Lapland

A tradução:

"Via a wilderness lake
Travels a lonely wanderer
In a pond he sees a flock of swans
Crying for their freedom

The longing for the past
Echoes through the air as screams of eagles
From the ever-lake so safe
The journey continues beyond the mountains"

Ah, e a música tem 4 partes (e não 3 como foi dito).

Saturday, July 19, 2003

Lappi

Em homenagem a todos os posts (que eu também faço) quase inúteis de letras de músicas, aqui vai um verdadeiramente inútil (mas a música é lindíssima).

"Erämaajärvi

Kautta erämaajärven
matkaa kulkuri yksinäinen
Näkee lammella joutsenparven
vapauttaan itkevän

Kaipuu menneisyyteen
kiirii ilmassa huutoina kotkien
Ikijärveltä turvatulta
käy matka vuorten taa"

(parte 1 de 3 da música Lappi do Nightwish)

Friday, July 18, 2003

The Stuff Dreams are Made of

Acabei. Sandman é excelente. Qualquer um que goste de quadrinhos precisa ler. Muito bem escrito, personagens densos, ambientação rica... Bastante filosófico, psicológico e artístico.

Duvido que haja qualquer história em quadrinhos no mesmo nível. Já li quadrinhos de muita qualidade, como Watchmen, V de Vingança, Ronin, Cavaleiro das Trevas, Orquídea Negra, Os Livros da Magia, Skreemer, dentre outros, mas, não os querendo diminuir, Sandman está em outro nível.

O Gaiman é muito bom. Os personagens foram muito bem concebidos, o estilo de escrita do cara é fenomenal... Mas Sandman é mais que isso... Bom, só lendo mesmo.

A propósito, estou aceitando recomendações de HQs, se alguém tiver.

Wednesday, July 16, 2003

Filmes velhos

Férias, frio, tédio e tal. A solução foi tirar o atraso nas locadoras.

A Mexicana - Filme esquisito, mas divertido. Tem umas cenas nada a ver, totalmente sem propósito, com ângulos estranhos e músicas bizarras. Mas é engraçada essa falta de propósito da coisa. Bom.

Magnólia - Esse é muito estranho. Psicodélico. Quando alguém comenta com você que chove sapos no filme, não tem como, sem ver, ter noção do que isto significa. Não que signifique alguma coisa, mas realmente tem uma chuva de sapos. "Estas coisas acontecem".

60 Segundos - Divertido. O Cage é muito bom mesmo. E apesar da trilha sonora meio desagradável (há quem goste, mas...), o filme entretém bastante. Dá vontade de ser ladrão de carros.

Os Garotos da Minha Vida - Mais ou menos. Algum drama, algumas risadas, algumas lições de moral manjadas.

O Confronto - Semi-trash. Algo como uma tentativa de Matrix com outro enredo, mas sem um coreógrafo bom e com menos recursos. Ah, sem enredo também. A típica ação gratuita, mas de baixa qualidade.

Animatrix - Bem feito, divertido. Exceto o último, que gastou muitos narcóticos para ser feito.

A Hora do Rush - Vide "O Confronto". Um pouco mais engraçado, mas só um pouco. Esses chineses não fazem filmes decentes não?

As Panteras - Mas bah! A competição é acirrada entre as formas de apelação: mulheres semi-nuas ou proezas impossíveis não-convincentes? Elas pulando de 3 metros de altura com salto são o máximo... E ainda fizeram o dois, tá no cinema. Esqueça seu cérebro e dê uma espiada.

Monday, July 14, 2003

Questionario

01. are you male or female? "This Boy"
02. describe yourself: "Not Guilty"
03. how do some people feel about you? "Little Child"
04. how do you feel about yourself? "I Feel Fine"
05. describe your bf/gf: "I'll Cry Instead"
06. where would you rather be? "Here, There and Everywhere"
07. describe what you want to be: "Something"
08. describe how you live: "With a Little Help From my Friends"
09. describe how you love: "Like Dreamers Do"
10. share a few words of wisdom: "All You Need is Love"

Qual e' a banda?

PS: Como e' bom ser previsível.
PPS: Duas dessas musicas eu nao conheco ("Like Dreamers Do" e "Not Guilty"), mas tudo bem :)
PPPS: Pretendo atualizar a resposta da 05 para "Dear Prudence" tao logo quanto possivel :)

Registro meu protesto quanto a ter que colocar titulos nos Posts nesse blogger novo (e ainda por cima com os acentos bugados)

Imitão que imita imitão também imita o dito popular. Agora já era, vou fazer esse questionário e provavelmente o André também. Quem quiser saber as regras, estão no post do Japa... que aliás, aposto que também tentou fazer da banda q eu estou fazendo e percebeu que a outra tinha títulos bem mais fáceis...
(Observação NERD... vale pegar um cara tipo Mozart ou Bach, e usar as classificações numéricas das sinfonias pra fazer a codificação ASCII das respostas?)

01. are you male or female? Lord of The Rings
02. describe yourself: Fast to Madness
03. how do some people feel about you? A Past and Future Secret
04. how do you feel about yourself? Into the Storm
05. describe your bf/gf: Wait for an Answer
06. where would you rather be? Somewhere Far Beyond
07. describe what you want to be: The Soulforged
08. describe how you live: Journey Through the Dark
09. describe how you love: Under the Ice
10. share a few words of wisdom: Follow the Blind

Algumas ficaram apeladas/zen, mas no geral ficou interessante...

Sunday, July 13, 2003

Questionario

Achei legal essa "moda" que anda por alguns blogs e resolvi responder também.

a) escolha uma banda/artista preferida
b) responda as 10 perguntas a seguir APENAS com títulos dessa banda/artista

01. are you male or female? The Silent Man
02. describe yourself: Learning To Live
03. how do some people feel about you? Status Seeker
04. how do you feel about yourself? Burning My Soul
05. describe your bf/gf: Innocence
06. where would you rather be? Another World
07. describe what you want to be: Finally Free
08. describe how you live: A Change Of Seasons
09. describe how you love: Through Her Eyes
10. share a few words of wisdom: Take The Time

Qual é a banda?

Bons Pressagios

Bom, minha leitura está andando de novo (e como sempre ignorando a "fila"). Li Sandman inteiro (perfeito, mas vou deixar a resenha pra outro). Li também Through the Looking Glass (o Japa já fez uma resenha). Finalmente, li um livro do Gaiman em coautoria com Terry Pratchett -- Good Omens.
O livro traz uma narrativa sarcástica dos últimos dias da Terra. Quando digo sarcástica eu digo inglesa. Altíssima qualidade. A história se desenvolve com Crowley (ou Crawly, a serpente do pecado original) e Aziraphale (um anjo e vendedor de livros raros) decidindo que o Armagedom não os é conveniente, e tentando sabotá-lo. Armagedom este que começará numa cidadezinha minúscula do interior da Inglaterra.
Outros personagens desta aventura são (em ordem nenhuma): Anathema Device, ocultista e detentora do livro de profecias de sua ancestral Agnes Nutter (que foi um fracasso de vendas porque as profecias eram exatas demais); o Destruidor de Mundos e seus 3 amiguinhos; Newton Pulsifer, caçador de bruxas e fracassado, descendente de Thou-Shalt-not-Commit-Adultery Pulsifer, que matou Agnes; os quatro cavaleiros do apocalipse: Fome, Guerra, Poluição (a Pestilência desistiu do cargo com a invenção da penicilina) e Morte; e, finalmente, um entregador.
Como personagens coadjuvantes temos Madame Tracy, uma charlatã e "jezebel" nas quintas-feiras a noite; o líder do exército de caçadores de bruxas; um cachorro; o presidente da associação de moradores; Metátron (a Voz de Deus); Hastur; Ligur; Beelzebub; Mary Loquacious da ordem satânica "tagarela" de St. Beryl; o carro do Crowley, um Bentley 1926 que transforma qualquer fita que permaneça mais de uma quinzena dentro dele em uma fita do Queen; os quatro "outros motoqueiros" (Grievous Bodily Harm, Cruelty to Animals, Things Not Working Properly Even After You've Given Them A Good Thumping But Secretly No Alcohol Lager, and Really Cool People) e um circo de outras criaturas bizarras do apocalipse, como atlantes, tibetanos, americanos, alienígenas...
Cada detalhe é extremamente bem aproveitado e a história é extremamente elaborada (essa é a parte "Gaiman"), ao mesmo tempo que aparecem várias alfinetadas, ironias, e todo tipo de humor inteligente. É um livro pra se rir o tempo inteiro, mas com uma história por trás.
Pensei em colar aqui o trecho em que os quatro "outros" motoqueiros se nomeiam, mas o trecho é muito grande. Colocarei então o trecho sobre a origem do universo.


Eleven years ago


Current theories on the creation of the Universe state that, if it was created at all and didn't just start, as it were, unofficially, it came into being between ten and twenty thousand million years ago. By the same token the earth itself is generally supposed to be about four and a half thousand million years old.
These dates are incorrect.
Medieval Jewish scholars put the date of the Creation at 3760 B.C. Greek Orthodox theologians put Creation as far back as 5508 B.C.
These suggestions are also incorrect.
Archbishop James Usher (1580-1656) published Annales Veteris et Novi Testaments in 1654, which suggested that the Heaven and the Earth were created in 4004 B.C. One of his aides took the calculation further, and was able to announce triumphantly that the Earth was created on Sunday the 21st of October, 4004 B.C., at exactly 9:00 A.M., because God liked to get work done early in the morning while he was feeling fresh.
This too was incorrect. By almost a quarter of an hour.
The whole business with the fossilized dinosaur skeletons was a joke the paleontologists haven't seen yet.
This proves two things:
Firstly, that God moves in extremely mysterious, not to say, circu-itous ways. God does not play dice with the universe; He plays an ineffable game of His own devising, which might be compared, from the perspective of any of the other players, [ie., everybody.] to being involved in an obscure and complex version of poker in a pitch-dark room, with blank cards, for infinite stakes, with a Dealer who won't tell you the rules, and who smiles all the time.
Secondly, the Earth's a Libra.
The astrological prediction for Libra in the "Your Stars Today" column of the Tadfield Advertiser, on the day this history begins, read as follows:

LIBRA. 24 September-23 October.
You may be feeling run down and always in the same old daily round Home and family matters are highlighted and are hanging fire. Avoid unnecessary risks. A friend is important to you. Shelve major decisions until the way ahead seems clear. You may be vulnerable to a stomach upset today, so avoid salads. Help could come from an unexpected quarter.

This was perfectly correct on every count except for the bit about the salads.

Tuesday, July 08, 2003

A Felicidade Conjugal

Há quanto tempo!? Nem lembro quando foi a última vez que postei, mas como ninguém me expulsou daqui, aí vai... :)

Acabei de ler, ontem, o conto (ou novela, não sei ao certo) A Felicidade Conjugal, de Tolstói. Para dar uma idéia do quanto eu apreciei esta obra, o único livro que me modificou tanto o humor foi Crime e Castigo. A história em si não parece nem um pouco atraente: se eu tivesse lido apenas um resumo sem saber quem havia escrito, diria que é até tola, apenas mais uma história de amor. No entanto, a densidade dos personagens, o estilo característico do autor e a maneira como a história é abordada tornam esta obra primorosa. Mais um ponto para os russos.

Agora é Ana Karenina que entra na minha fila de livros por ler. Antes, porém, pretendo ler Onde Está o Amor, Deus Está Também, para concluir minha coletânea de contos e novelas de Tolstói.