POLL:
Vocês acham que está na hora deste blog ter uma barra lateral com links pra outros blogs e outras coisas relevantes? Deve ser separada por autor (assim você escolhe se blogsurfa entre conhecidos de conhecidos ou entre conhecidos de conhecidos de conhecidos)? Deve ter coisas pessoais (tipo medidor de humor, botões pra doação...Até onde eu sei, nenhum dos autores deste blog tem um blog pessoal/individual pra por essas coisas...) ou apenas links? links pra sites também ou só pra outros blogs?
Usem os comentários pra votar, se o Haloscan estiver de bom humor...
P.S.: Isso não é uma democracia. Os autores lerão os votos, e decidirão entre si como deve ser. Porém a decisão pode ser levemente influenciada pelos votos...
P.P.S.: A gente não gosta de você de verdade. Se você não colocar um link pro seu blog no comentário, a gente provavelmente vai esquecer que você existe e te deixar de fora...
P.P.P.S.: <sarcasmo>Acho que deveria haver uma tag HTML pra indicar sarcasmo... assim pessoas mais <SARCASMO>humoristicamente debilitadas</SARCASMO> poderiam usar uma opção no browser pra deixar as frases sarcásticas facilmente reconhecíveis e evitar mal entendidos...</sarcasmo>
Thursday, January 30, 2003
Friday, January 24, 2003
Para quem tem algum interesse em entender a Bíblia ou em saber como os fiéis (judeus ou cristãos) a entendem, recomendo os seguintes artigos da Folha de S. Paulo, ambos de autoria de Frei Betto.
- A Bíblia em 12 passos
- A Bíblia é o jornal de Deus
- A Bíblia em 12 passos
- A Bíblia é o jornal de Deus
Thursday, January 16, 2003
Studio Ghibli
Sim, Anime de novo. Agora não vou falar de um só, mas de um estúdio, supra-citado, e de um autor, Hayao Miyazaki. Seus longa-metragens são obras de arte.
Entrei em contato com o autor através de Mononoke Hime. É uma aventura ecológica, com personagens bem elaborados (não há personagens bons ou maus, só motivações diferentes), uma história muito bem costurada, e alguma violência. Na verdade bastante violência. O suficiente para após a Disney ter comprado os direitos do filme e chamado algumas estrelas para fazer a dublagem ter que amargar um prejuízo devido à classificação etária alta (Nos EUA adultos não assistem desenho animado...).
Para se ter uma idéia, a primeira vez que o protagonista encontra a San, a Princesa Mononoke em questão, ela está sugando e cuspindo o sangue "sujo" da ferida de um lobo. Ela então limpa o rosto com o antebraço, e olha pra ele, com a boca e o rosto manchados de sangue, e uma faca na mão. O pôster do filme, exibido na página "supra-linkada", mostra esta cena...
A última produção do Miyazaki vem colecionando prêmios, tanto em festivais de animação quanto em festivais de cinema. Trata-se de Spirited Away, uma aventura fantástica ao estilo de Alice no País das Maravilhas, A História Sem Fim e A Busca Onírica pela Desconhecida Kadath (livre-tradução minha para o título de "The Dream Quest for Unknown Kadath"... uma fantasia como as outras duas, mas bem mais "dark", assim como o anime). A história fala sobre uma garotinha de 10 anos, que após seus pais se perderem em uma estrada, acaba indo parar em uma "Casa de Banho para Deuses", habitada por fantasmas. Para não ser morta, Chihiro tem que abdicar do seu nome e sua natureza humana, e trabalhar para a bruxa que administra o local, Yu-Baaba.
O objetivo do desenho é mostrar uma garota séria e emburrada redescobrindo a infância através de experiências fantásticas. O foco é na reação da Chihiro/Sen às interações com os seres (alguns impossíveis de classificar entre "bem e mal") que freqüentam o local. Nas palavras do autor, no final ela vence não por destruir o mal... assim como o mundo nao pode desaparecer (o mal também não pode), mas porque ela encontra vontade de viver. De um Japão atual psicoticamente industrializado, ela encontra a oportunidade de ser criança em um cenário bucólico clássico japonês...
Fora esses dois, assisti Nausicaa, uma aventura ao estilo de Mononoke, mas bem mais leve, e enquanto escrevo estou me preparando para assistir Laputa - Castle in The Sky (eta título cacofônico...). E torço para que Spirited Away passe no cinema por aqui também.
Sim, Anime de novo. Agora não vou falar de um só, mas de um estúdio, supra-citado, e de um autor, Hayao Miyazaki. Seus longa-metragens são obras de arte.
Entrei em contato com o autor através de Mononoke Hime. É uma aventura ecológica, com personagens bem elaborados (não há personagens bons ou maus, só motivações diferentes), uma história muito bem costurada, e alguma violência. Na verdade bastante violência. O suficiente para após a Disney ter comprado os direitos do filme e chamado algumas estrelas para fazer a dublagem ter que amargar um prejuízo devido à classificação etária alta (Nos EUA adultos não assistem desenho animado...).
Para se ter uma idéia, a primeira vez que o protagonista encontra a San, a Princesa Mononoke em questão, ela está sugando e cuspindo o sangue "sujo" da ferida de um lobo. Ela então limpa o rosto com o antebraço, e olha pra ele, com a boca e o rosto manchados de sangue, e uma faca na mão. O pôster do filme, exibido na página "supra-linkada", mostra esta cena...
A última produção do Miyazaki vem colecionando prêmios, tanto em festivais de animação quanto em festivais de cinema. Trata-se de Spirited Away, uma aventura fantástica ao estilo de Alice no País das Maravilhas, A História Sem Fim e A Busca Onírica pela Desconhecida Kadath (livre-tradução minha para o título de "The Dream Quest for Unknown Kadath"... uma fantasia como as outras duas, mas bem mais "dark", assim como o anime). A história fala sobre uma garotinha de 10 anos, que após seus pais se perderem em uma estrada, acaba indo parar em uma "Casa de Banho para Deuses", habitada por fantasmas. Para não ser morta, Chihiro tem que abdicar do seu nome e sua natureza humana, e trabalhar para a bruxa que administra o local, Yu-Baaba.
O objetivo do desenho é mostrar uma garota séria e emburrada redescobrindo a infância através de experiências fantásticas. O foco é na reação da Chihiro/Sen às interações com os seres (alguns impossíveis de classificar entre "bem e mal") que freqüentam o local. Nas palavras do autor, no final ela vence não por destruir o mal... assim como o mundo nao pode desaparecer (o mal também não pode), mas porque ela encontra vontade de viver. De um Japão atual psicoticamente industrializado, ela encontra a oportunidade de ser criança em um cenário bucólico clássico japonês...
Fora esses dois, assisti Nausicaa, uma aventura ao estilo de Mononoke, mas bem mais leve, e enquanto escrevo estou me preparando para assistir Laputa - Castle in The Sky (eta título cacofônico...). E torço para que Spirited Away passe no cinema por aqui também.
Saturday, January 11, 2003
Terminei de ler a terceira obra do Machado de Assis destas férias, Quincas Borba. Foram, até agora, Helena, Iaiá Garcia e a primeira citada. Resolvi lê-las por dois motivos: baixíssimo custo (adquiridas as três em um sebo por R$ 10) e o fato de serem clássicos. Por sinal, justamente sobre isto foi a minha constatação cultural mais importante dos últimos anos. Pode parecer trivial, mas eu nunca tinha parado pra pensar desta forma: "os clássicos não o são à toa, normalmente têm mérito". E realmente, todos os autores clássicos com os quais tomei contato nos últimos tempos se mostraram excepcionais.
Particularmente, Machado de Assis é o meu predileto da língua portuguesa. O estilo rebuscado e a inteligência das cenas são fantásticos. A descrição da sociedade e de seus hábitos é excepcional. Algum sarcasmo, a crítica implícita no próprio desenrolar das histórias, tudo é genial.
Abaixo, um trecho de Quincas Borba.
"O rumor das vozes e dos veículos acordou um mendigo que dormia nos degraus da igreja. O pobre-diabo sentou-se, viu o que era, depois tornou a deitar-se, mas acordado, de barriga para o ar, com os olhos fitos no céu. O céu fitava-o também, impassível como ele, mas sem as rugas do mendigo, nem os sapatos rotos, nem os andrajos, um céu claro, estrelado, sossegado, olímpico, tal qual presidiu às bodas de Jacó e ao suicídio de Lucrécia. Olhavam-se numa espécie de jogo do siso, com certo ar de majestade rivais e tranqüilas, sem arrogância, nem baixeza, como se o mendigo dissesse ao céu:
- Afinal, não me hás de cair em cima.
E o céu:
- Nem tu me hás de escalar."
Particularmente, Machado de Assis é o meu predileto da língua portuguesa. O estilo rebuscado e a inteligência das cenas são fantásticos. A descrição da sociedade e de seus hábitos é excepcional. Algum sarcasmo, a crítica implícita no próprio desenrolar das histórias, tudo é genial.
Abaixo, um trecho de Quincas Borba.
"O rumor das vozes e dos veículos acordou um mendigo que dormia nos degraus da igreja. O pobre-diabo sentou-se, viu o que era, depois tornou a deitar-se, mas acordado, de barriga para o ar, com os olhos fitos no céu. O céu fitava-o também, impassível como ele, mas sem as rugas do mendigo, nem os sapatos rotos, nem os andrajos, um céu claro, estrelado, sossegado, olímpico, tal qual presidiu às bodas de Jacó e ao suicídio de Lucrécia. Olhavam-se numa espécie de jogo do siso, com certo ar de majestade rivais e tranqüilas, sem arrogância, nem baixeza, como se o mendigo dissesse ao céu:
- Afinal, não me hás de cair em cima.
E o céu:
- Nem tu me hás de escalar."
Recentemente, enquanto estava "blogsurfing", deparei-me com uma página muito engraçada, com as notícias que gostaríamos de ver.
Destaque para o Gerador de Músicas Tribalistas. Eis a minha música Tribalista:
Todo mundo no mundo
Faço sabonete no saturno soberbo
Divino macarrão
Ninguém é de todo mundo no mundo
Bis
Seja em Rio de Janeiro, Moscou
Vamos cafungar, vamos administrar
Lagarta linda links you
Vamos cafungar, vamos administrar
Amor de tio, desmundo!
Girou a Terra, a terra de Eliza
Vamos cafungar, vamos administrar
Boneco branco, na bola
Repita 102 vezes até você ser deportado
Destaque para o Gerador de Músicas Tribalistas. Eis a minha música Tribalista:
Todo mundo no mundo
Faço sabonete no saturno soberbo
Divino macarrão
Ninguém é de todo mundo no mundo
Bis
Seja em Rio de Janeiro, Moscou
Vamos cafungar, vamos administrar
Lagarta linda links you
Vamos cafungar, vamos administrar
Amor de tio, desmundo!
Girou a Terra, a terra de Eliza
Vamos cafungar, vamos administrar
Boneco branco, na bola
Repita 102 vezes até você ser deportado
Tuesday, January 07, 2003
Abril Despedaçado
Estas férias estão acabando com os meus preconceitos.
Continuando a saga do indivíduo que não gostava de musicais: no dia seguinte, quando entregou o filme, o tal indivíduo - que também não gostava da maioria dos filmes nacionais - resolveu pegar Abril Despedaçado.
E o indivíduo não sabe até agora se foi aquele céu tão azul contrastando com a poeira do sertão, ou se foi o menino olhando para o céu chuvoso, ou se foi o mar; sabe que alguma dessas coisas, ou todas elas, ou outras, deixaram ele quase triste, pensativo. E o indivíduo sabe que só os melhores filmes fazem isto.
Excelente.
Somando com Cidade de Deus, o resultado é a consagração de 2002 como o melhor dos últimos anos na produção cinematográfica nacional.
Estas férias estão acabando com os meus preconceitos.
Continuando a saga do indivíduo que não gostava de musicais: no dia seguinte, quando entregou o filme, o tal indivíduo - que também não gostava da maioria dos filmes nacionais - resolveu pegar Abril Despedaçado.
E o indivíduo não sabe até agora se foi aquele céu tão azul contrastando com a poeira do sertão, ou se foi o menino olhando para o céu chuvoso, ou se foi o mar; sabe que alguma dessas coisas, ou todas elas, ou outras, deixaram ele quase triste, pensativo. E o indivíduo sabe que só os melhores filmes fazem isto.
Excelente.
Somando com Cidade de Deus, o resultado é a consagração de 2002 como o melhor dos últimos anos na produção cinematográfica nacional.
Lock, Stock and Two Smoking Barrels
(Cartadas, Trapaças e Dois Canos Fumegantes)
Do mesmo diretor de Snatch, Guy Ritchie, sem sombra de dúvida. Parecido, não tão bom. Certamente Snatch foi uma evolução da idéia deste filme, chegando a quase repetir alguns personagens. De qualquer forma, cheio de violência gratuita e, conseqüentemente, divertidíssimo.
(Cartadas, Trapaças e Dois Canos Fumegantes)
Do mesmo diretor de Snatch, Guy Ritchie, sem sombra de dúvida. Parecido, não tão bom. Certamente Snatch foi uma evolução da idéia deste filme, chegando a quase repetir alguns personagens. De qualquer forma, cheio de violência gratuita e, conseqüentemente, divertidíssimo.
Bomba Atômica
O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral (acima), deixou implícito em entrevista à BBC que o Brasil deve dominar a tecnologia para construção da bomba atômica. Depois, negou e disse que foi um mal entendido. Provavelmente ele realmente acha que devemos saber fazer bomba, mas negou para parecer politicamente correto, pacifista, estas coisas. Como é adorável a política.
Eu acho que o Brasil deve investir na pesquisa nuclear, incluindo o que tange os armamentos nucleares. Em primeiro lugar, por que se "eles" podem, nós também podemos. É ridículo aquele imbecil do Bush, com o maior arsenal nuclear do mundo, prestes a começar uma guerra com o Iraque e pressionando a Coréia do Norte porque eles supostamente têm bombas. A hipocrisia de todos, incluindo o conselho de segurança da ONU, é impressionante.
Além disso, o Brasil, que é um dos maiores produtores mundiais de urânio, atualmente precisa importá-lo para utilizar nas usinas nucleares. Certo, as usinas nucleares aparentemente não são a melhor opção energética para o país, mas se vamos mantê-las, que seja decentemente.
Por último, a pesquisa dos processos de fissão e fusão nuclear traz consigo imensos avanços na área das ciências exatas. Matemática, Física e Computação são grandes beneficiados de pesquisas nesta área, como apontado pelo ministro. É através destes grandes projetos (nuclear e espacial) que se motiva pesquisa realmente relevante e se desenvolve tecnologia de ponta em diversas outras áreas.
O Brasil ficou muito tempo só observando os desenvolvimentos nesta área feitos em outros países. É hora de fazer nós mesmos. Certo está o ministro, que no fundo concorda com o Enéas (a esta altura, sorrindo com um ar de superioridade na Câmara - 'eu não disse?'), mas diz pra todo mundo que "não é bem assim".
O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral (acima), deixou implícito em entrevista à BBC que o Brasil deve dominar a tecnologia para construção da bomba atômica. Depois, negou e disse que foi um mal entendido. Provavelmente ele realmente acha que devemos saber fazer bomba, mas negou para parecer politicamente correto, pacifista, estas coisas. Como é adorável a política.
Eu acho que o Brasil deve investir na pesquisa nuclear, incluindo o que tange os armamentos nucleares. Em primeiro lugar, por que se "eles" podem, nós também podemos. É ridículo aquele imbecil do Bush, com o maior arsenal nuclear do mundo, prestes a começar uma guerra com o Iraque e pressionando a Coréia do Norte porque eles supostamente têm bombas. A hipocrisia de todos, incluindo o conselho de segurança da ONU, é impressionante.
Além disso, o Brasil, que é um dos maiores produtores mundiais de urânio, atualmente precisa importá-lo para utilizar nas usinas nucleares. Certo, as usinas nucleares aparentemente não são a melhor opção energética para o país, mas se vamos mantê-las, que seja decentemente.
Por último, a pesquisa dos processos de fissão e fusão nuclear traz consigo imensos avanços na área das ciências exatas. Matemática, Física e Computação são grandes beneficiados de pesquisas nesta área, como apontado pelo ministro. É através destes grandes projetos (nuclear e espacial) que se motiva pesquisa realmente relevante e se desenvolve tecnologia de ponta em diversas outras áreas.
O Brasil ficou muito tempo só observando os desenvolvimentos nesta área feitos em outros países. É hora de fazer nós mesmos. Certo está o ministro, que no fundo concorda com o Enéas (a esta altura, sorrindo com um ar de superioridade na Câmara - 'eu não disse?'), mas diz pra todo mundo que "não é bem assim".
Monday, January 06, 2003
Moulin Rouge
Certa vez um indivíduo que não gostava de musicais lembrou, na locadora, que tinham falado bem daquele filme. Resolveu pegar, já que não tinha achado nada interessante. E o indivíduo, um romântico enrustido, gostou.
História legal, efeitos legais, atores bons (e que vozes!), música surpreendente. Adaptações (muito bem feitas) de "Roxanne" do The Police, em forma de tango (!!), e "Like a Virgin" da Madonna, entre outras. Coreografia impecável e, "last but not least", sem final feliz. Incrível. Se você está atrasado como eu estava, assista.
Certa vez um indivíduo que não gostava de musicais lembrou, na locadora, que tinham falado bem daquele filme. Resolveu pegar, já que não tinha achado nada interessante. E o indivíduo, um romântico enrustido, gostou.
História legal, efeitos legais, atores bons (e que vozes!), música surpreendente. Adaptações (muito bem feitas) de "Roxanne" do The Police, em forma de tango (!!), e "Like a Virgin" da Madonna, entre outras. Coreografia impecável e, "last but not least", sem final feliz. Incrível. Se você está atrasado como eu estava, assista.
As Duas Torres
Comentário mais do que atrasado, mas tudo bem. Eu já estava quase desistindo de falar sobre o assunto, dados os comentários em quase todos os outros blogs que leio, mas mudei de idéia.
Compartilho a opinião do Ricardo: "o filme é só uma ilustração do livro". Alguns cenários e personagens foram reproduzidos fielmente, algumas (poucas) cenas também. De resto, o senhor Peter Jackson resolveu contar a história como ele vê. Não sou bitolado a ponto de exigir que todas as cenas do livro fossem mantidas, mas um erro grave foi cometido. Como segunda parte de uma trilogia, esta deveria ser a parte mais "negra" da história, onde as reais dificuldades se apresentam e os protagonistas se encontram à beira da derrota. No entanto, este filme foi até mais alegre que o primeiro. Nada de clima pesado, suspense. Para mim, quase todo este filme deveria ter o clima que a cena nos pântanos mortos teve.
Além disso, só fazendo uma coletânea do que li por aí, diversas modificações desnecessárias foram feitas: a tentação de Faramir, o retorno a Osgiliath, a servidão de Saruman, a personalidade de Gimli (ranzinza e teimoso, não palhaço), a ênfase no romance de Aragorn e Arwen, o Aragorn quase morrendo o tempo inteiro, a fuga dos elfos no meio da guerra do anel (foi depois).
Apesar de tudo, se encarado separadamente do livro, o filme pode ser considerado muito bom. Trilha sonora adequada, personagens carismáticos, fotografia ótima, várias cenas emocionantes. Como fã da obra de Tolkien me decepcionei, mas como espectador comum me diverti.
Comentário mais do que atrasado, mas tudo bem. Eu já estava quase desistindo de falar sobre o assunto, dados os comentários em quase todos os outros blogs que leio, mas mudei de idéia.
Compartilho a opinião do Ricardo: "o filme é só uma ilustração do livro". Alguns cenários e personagens foram reproduzidos fielmente, algumas (poucas) cenas também. De resto, o senhor Peter Jackson resolveu contar a história como ele vê. Não sou bitolado a ponto de exigir que todas as cenas do livro fossem mantidas, mas um erro grave foi cometido. Como segunda parte de uma trilogia, esta deveria ser a parte mais "negra" da história, onde as reais dificuldades se apresentam e os protagonistas se encontram à beira da derrota. No entanto, este filme foi até mais alegre que o primeiro. Nada de clima pesado, suspense. Para mim, quase todo este filme deveria ter o clima que a cena nos pântanos mortos teve.
Além disso, só fazendo uma coletânea do que li por aí, diversas modificações desnecessárias foram feitas: a tentação de Faramir, o retorno a Osgiliath, a servidão de Saruman, a personalidade de Gimli (ranzinza e teimoso, não palhaço), a ênfase no romance de Aragorn e Arwen, o Aragorn quase morrendo o tempo inteiro, a fuga dos elfos no meio da guerra do anel (foi depois).
Apesar de tudo, se encarado separadamente do livro, o filme pode ser considerado muito bom. Trilha sonora adequada, personagens carismáticos, fotografia ótima, várias cenas emocionantes. Como fã da obra de Tolkien me decepcionei, mas como espectador comum me diverti.
Sunday, January 05, 2003
Hoje li Sonata a Kreutzer, de Leon Tolstói.
A novela fala sobre o relacionamento conjugal e é -- como parecem ser todos os textos de Tolstói -- repleto de análise psicológica e filosofia. Como se isso não fosse suficiente, o estilo é cheio de ironia, crítica social e ainda possui o primor pela descrição tão característico do escritor.
É o terceiro texto de Tolstói que leio (os outros dois foram A Morte de Ivan Ilitch e Senhores e Servos), e realmente tenho dificuldades em dizer qual é o melhor deles. Acho que diria Senhores e Servos, mas não sei exatamente porquê.
Os personagens de Tolstói são como uma desculpa para destrinchar a alma humana, servindo para analisar a consciência e os questionamentos de um ser humano naquela situação. No caso de Sonata a Kreutzer, paralelamente a isso, ele utiliza as idéias excêntricas do personagem para ter espaço para filosofar sobre os relacionamentos entre homem e mulher e o amor carnal.
Com isso, Guerra e Paz fura descaradamente a minha fila de livros por ler...
A novela fala sobre o relacionamento conjugal e é -- como parecem ser todos os textos de Tolstói -- repleto de análise psicológica e filosofia. Como se isso não fosse suficiente, o estilo é cheio de ironia, crítica social e ainda possui o primor pela descrição tão característico do escritor.
É o terceiro texto de Tolstói que leio (os outros dois foram A Morte de Ivan Ilitch e Senhores e Servos), e realmente tenho dificuldades em dizer qual é o melhor deles. Acho que diria Senhores e Servos, mas não sei exatamente porquê.
Os personagens de Tolstói são como uma desculpa para destrinchar a alma humana, servindo para analisar a consciência e os questionamentos de um ser humano naquela situação. No caso de Sonata a Kreutzer, paralelamente a isso, ele utiliza as idéias excêntricas do personagem para ter espaço para filosofar sobre os relacionamentos entre homem e mulher e o amor carnal.
Com isso, Guerra e Paz fura descaradamente a minha fila de livros por ler...
Boa parte do tempo das minhas férias é consumido com jogos do "Home of the Underdogs". Esta é a melhor página de abandonware que conheço, catalogando milhares de jogos segundo gênero, ano de publicação, softhouse, número de downloads, etc. Além disto, cada jogo tem uma resenha e os melhores são marcados como "top dogs" e apresentados no "Hall of the belated fame". É realmente impressionante a quantidade de jogos divertidíssimos que nunca ficaram famosos.
O último que joguei foi Celtic Tales: Balor of the Evil Eye. É um jogo de estratégia de 1995, desenvolvido pela KOEI. Para quem se interessa por mitologia celta, o título é imperdível. Você assume o papel de uma das "celebridades" da mitologia celta, sendo líder de uma tribo e comandando algumas províncias no início do jogo. Sua missão é unificar todas as províncias sob seu comando, política ou militarmente, para enfrentar o mal que assola a terra, liderado por Balor. Para isto, você comanda um conjunto de heróis na realização de uma ampla gama de tarefas, que vai desde o minério de metal até as batalhas contra as outras províncias. Controlando os druidas e bardos, você deve aprender a utilizar as runas para lançar uma série de magias. Heróis visitam suas províncias e você pode pedir a eles um poema, um ensinamento sobre magia ou uma boa briga, além de recrutar alguns para lhe auxiliar em sua causa. Quando seus atos forem dignos, Manu, a deusa que representa a mãe Terra, virá para lhe entregar algum item sagrado.
Ao longo do jogo e no manual você aprende muitas coisas sobre a mitologia celta, como a divisão do calendário, os feitos dos heróis e os ritos que os celtas realizavam.
Abaixo, uma história retirada do manual do jogo sobre um dos personagens mais queridos dos contadores de história irlandeses, Cuchulainn.
"When he was five, Cuchulainn left home to train with warriors in Emhain Macha. On the journey to his training grounds he carried a javelin, a hurling stick and a ball. He would throuh the ball in the air, hit it with the hurley, throw the hurley to hit the ball and drive it farther, throw the javelin to hit the hurley even farther and into the ball again, then run ahead and catch all three in mid-air."
O último que joguei foi Celtic Tales: Balor of the Evil Eye. É um jogo de estratégia de 1995, desenvolvido pela KOEI. Para quem se interessa por mitologia celta, o título é imperdível. Você assume o papel de uma das "celebridades" da mitologia celta, sendo líder de uma tribo e comandando algumas províncias no início do jogo. Sua missão é unificar todas as províncias sob seu comando, política ou militarmente, para enfrentar o mal que assola a terra, liderado por Balor. Para isto, você comanda um conjunto de heróis na realização de uma ampla gama de tarefas, que vai desde o minério de metal até as batalhas contra as outras províncias. Controlando os druidas e bardos, você deve aprender a utilizar as runas para lançar uma série de magias. Heróis visitam suas províncias e você pode pedir a eles um poema, um ensinamento sobre magia ou uma boa briga, além de recrutar alguns para lhe auxiliar em sua causa. Quando seus atos forem dignos, Manu, a deusa que representa a mãe Terra, virá para lhe entregar algum item sagrado.
Ao longo do jogo e no manual você aprende muitas coisas sobre a mitologia celta, como a divisão do calendário, os feitos dos heróis e os ritos que os celtas realizavam.
Abaixo, uma história retirada do manual do jogo sobre um dos personagens mais queridos dos contadores de história irlandeses, Cuchulainn.
"When he was five, Cuchulainn left home to train with warriors in Emhain Macha. On the journey to his training grounds he carried a javelin, a hurling stick and a ball. He would throuh the ball in the air, hit it with the hurley, throw the hurley to hit the ball and drive it farther, throw the javelin to hit the hurley even farther and into the ball again, then run ahead and catch all three in mid-air."
Diz o Diário Popular de Pelotas, num 'especial' sobre física da edição de 05 de Janeiro de 2003:
'A terceira lei de Newton diz: "para cada ação há uma reação igual ou oposta."'
Mantendo seu compromisso com a informação precisa e sua tradição de informações confiáveis.
Pobre Newton. Não bastasse morrer virgem, ainda tem que agüentar estas infâmias.
'A terceira lei de Newton diz: "para cada ação há uma reação igual ou oposta."'
Mantendo seu compromisso com a informação precisa e sua tradição de informações confiáveis.
Pobre Newton. Não bastasse morrer virgem, ainda tem que agüentar estas infâmias.
Saturday, January 04, 2003
Estou entediado. Mais um post. Aguentem. Assisti "As Duas Torres" quinta-feira. Bem melhor que o primeiro, mais coeso e com mais conteúdo. Não vou fazer uma resenha textual, vou citar pontos fortes e fracos, não estou com paciência pra compor esses pontos em texto.
Pontos Fortes:
Pontos Fracos:
Pontos Fortes:
- Batalha de Helm's Deep. Combate massivo. Demais. Bota o William Wallace no chinelo.
- Legolas. Ele mostra que é um elfo, com toda a sua agilidade sobrehumana... Quem curtiu o "Arco e Flecha metralhadora" dele no primeiro filme vai delirar nesse...
- Gollum/Smeágol. As discussões são o máximo.
- Maior fidelidade nas personalidades (pra compensar as barbáries na história). Foram fiéis até mesmo na bichice Samwise-Frodo
- A fala do Fangorn é lenta, bem como quis passar o livro...
Pontos Fracos:
- Ordem cronológica. Tira toda a surpresa do filme. Eu preferia o estilo do livro, em que o resultado de uma ação aparecia para depois se explicar o que ocorreu...
- Piadas de Anão. Após a enésima começa a perder a graça...
- Não teve nem uma frase em Entês.
- Aquele Ent "apressado" que eu esqueci o nome não aparece, o Fangorn fica com toda a ação.
- O Saruman é muito claramente capacho do Servissauron. "O sub do sub", parafraseando alguém... Tenho a impressão dele ser mais ardiloso e menos capacho no livro...
Wednesday, January 01, 2003
OK, dois posts no mesmo dia. Estou entediado, e não há mais nada que eu possa fazer a não ser ficar escrevendo aqui. Suportem.
Certo tempo atrás assisti Lain. Finalmente consegui baixar uma versão com legendas. O desenho é extremamente adulto, e tem como pretexto (Animes adultos costumam ter um pretexto básico a partir do qual causam dor e sofrimento aos personagens e filosofam sobre vários assuntos. Por exemplo, o pretexto de EVA é uma briga de robozões contra bichões maus.) a gradual mistura do cyberespaço (chamado no desenho de Wired) com o mundo real. O assunto real do desenho é a busca de Lain ("A" Lain) por ela própria, o que ela é e porque ela existe.
A série é MUITO psicológica, cheia de decorações subliminares (por exemplo, todas as sombras têm manchas de sangue, o som dos transformadores de energia elétrica mostrando que a "Wired" está em toda a parte). Uma cena extremamente interessante é uma em um episódio do meio, sobre um jogo da Wired em primeira pessoa. Um garotinho está correndo assustado pelas ruas ("reais"). Aparece uma garotinha do lado dele, flutuando. Suas expressões mudam para um rosto meio contorcido, que o artista usa para indicar "fantasmas". O garoto saca sua arma "virtual", escolhe a "munição 7" ou algo do gênero, e atira na garotinha. É quando a Lain chega, e ele pergunta pra ela : "Você é uma PK também? Me ajude!". PK é um termo conhecido de RPGs e MUDs online, significa Player Killer. Paro por aqui a narrativa porque faz muito tempo que vi o desenho.
Infelizmente não posso contar mais do desenho sem correr o risco de contar demais. É exatamente a forma como o desenho se apresenta e informa do que se trata que o torna tão bom. Sem mais, é um dos melhores animes sérios que eu já vi.
A página Thought Experiments Lain contém uma resenha muito melhor que a minha, só não leiam após o aviso enorme de "SPOILERS AHEAD".
Certo tempo atrás assisti Lain. Finalmente consegui baixar uma versão com legendas. O desenho é extremamente adulto, e tem como pretexto (Animes adultos costumam ter um pretexto básico a partir do qual causam dor e sofrimento aos personagens e filosofam sobre vários assuntos. Por exemplo, o pretexto de EVA é uma briga de robozões contra bichões maus.) a gradual mistura do cyberespaço (chamado no desenho de Wired) com o mundo real. O assunto real do desenho é a busca de Lain ("A" Lain) por ela própria, o que ela é e porque ela existe.
A série é MUITO psicológica, cheia de decorações subliminares (por exemplo, todas as sombras têm manchas de sangue, o som dos transformadores de energia elétrica mostrando que a "Wired" está em toda a parte). Uma cena extremamente interessante é uma em um episódio do meio, sobre um jogo da Wired em primeira pessoa. Um garotinho está correndo assustado pelas ruas ("reais"). Aparece uma garotinha do lado dele, flutuando. Suas expressões mudam para um rosto meio contorcido, que o artista usa para indicar "fantasmas". O garoto saca sua arma "virtual", escolhe a "munição 7" ou algo do gênero, e atira na garotinha. É quando a Lain chega, e ele pergunta pra ela : "Você é uma PK também? Me ajude!". PK é um termo conhecido de RPGs e MUDs online, significa Player Killer. Paro por aqui a narrativa porque faz muito tempo que vi o desenho.
Infelizmente não posso contar mais do desenho sem correr o risco de contar demais. É exatamente a forma como o desenho se apresenta e informa do que se trata que o torna tão bom. Sem mais, é um dos melhores animes sérios que eu já vi.
A página Thought Experiments Lain contém uma resenha muito melhor que a minha, só não leiam após o aviso enorme de "SPOILERS AHEAD".
Depois de ver Angra em tudo quanto era programa de TV, e ver adesivos de "vampiromania" em CDs do Nightwish, ouvi essa semana na rádio uma música do Shaman. J. R. R. Tolkien é um sucesso de vendas. Evangelion também. De repente todos os meus gostos estão passando por um processo de massificação. Não sei se posso sobreviver a isso.
[Hoje descobri que uma faixa do Shaman, previsivelmente a única balada do CD, faz parte da trilha da novela "O Beijo do Vampiro". Alguém sabe se tem alguma música do Nightwish nessa trilha também?]
Danger, Will Robinson, Danger : Sarcasmo adiante
Felizmente existem pessoas desse tipo no mundo para evitar que eu deixe de ser segregado pelo que eu jogo (meu Deus [retórico], eu jogo Quake e RPG, devo ser o demônio em pessoa).
[Hoje descobri que uma faixa do Shaman, previsivelmente a única balada do CD, faz parte da trilha da novela "O Beijo do Vampiro". Alguém sabe se tem alguma música do Nightwish nessa trilha também?]
Danger, Will Robinson, Danger : Sarcasmo adiante
Felizmente existem pessoas desse tipo no mundo para evitar que eu deixe de ser segregado pelo que eu jogo (meu Deus [retórico], eu jogo Quake e RPG, devo ser o demônio em pessoa).
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