Comentando o último post e desenvolvendo:
Concordo com tudo exceto a menção de ter sido um "ataque à liberdade". É sabido que o neoliberalismo (ou "capitalismo selvagem", como prefiro) tão defendido pelos americanos restringe muitas liberdades (olhe a miséria no mundo). Mais grave que isto são as restrições impostas pelo estado norte-americano, o poderoso tio Sam com suas intervenções militares impunes a meio século. Também sou contra as divisões territoriais, mas uma vez que elas existam e se manifestem (os estados nacionais só existem por causa delas), não podem ser ignoradas. O ataque foi absurdo, sim, mas muito antes de ser um ataque às liberdades individuais foi um ataque a uma potência opressora e que (ela, a potência, não o povo) mereceu este ataque.
Não me impressiono com as mortes de civis, apesar de lamentá-las. Civis morrem todos os dias de formas muito mais cruéis. E a grandiosa democracia (a grande farsa da era, a grande mentira, odiosa forma de governo) vê estes problemas, sabe que contribui para eles e nada faz; defende os lucros acima de tudo. O Deus desta doutrina é o dinheiro.
Acho absurdo todo estardalhaço da mídia em torno do fato. Se as vidas são tão importantes, mostrassem todos os dias as nossas crianças morrendo de fome, os velhos abandonados nos hospitais, as tribos africanas vítimas da AIDS. Não é a vida que é importante, é a notícia. Dinheiro acima de tudo, ética só existe nos acordos comerciais entre cavalheiros de terno.
Tudo bem que se reclame dos "terroristas" (por sinal, todas as provas apareceram de forma muito conveniente e apontaram inimigos mais convenientes ainda), eles agiram contra a humanidade. Mas não esqueçamos que os maiores assassinos estão impunes e continuam nos observando do alto de seus tronos.
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