Neon Genesis Evangelion é certamente uma das melhores produções artísticas com que tive contato. O enigmático anime em seu "cenário futurístico pós-holocausto" é apenas pano de fundo para uma profunda caracterização psicológica, tecida com maestria. Apesar de perder para o anime nos aspectos "ação" e, obviamente, música, o mangá realça o contato do leitor com os personagens, dando mais tempo para que este reflita sobre as motivações de cada um.
Atenção, spoiler à frente! Na edição (brasileira) 11, um personagem secundário ganha destaque. O autor enfatiza os conflitos internos de Toji, deixa claro o medo que este sente, mostra o esforço do menino para entrar na batalha, motivado pela esperança de ajudar a irmã. Na 12 (nas bancas em São Paulo), são mostrados aspectos do cotidiano da vida dele, particularmente a afeição secreta que uma colega de classe nutre por ele. E, nesta edição, Toji morre. O protagonista, Shinji, presencia a cena extremamente violenta em que o sistema automático ("dummy plug") destrói, ignorando seus protestos, a unidade EVA em que se encontra seu amigo.
Ao final de "Tingindo o entardecer de negro...", a colega apaixonada aguarda, sem saber da funesta batalha, um impossível encontro com Toji. História forte. Muito boa.
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