Acabei de ler a última e primeira encíclica do atual Papa: Deus Caritas Est (em português: Deus é amor). Fiquei positivamente surpreso ao saber do tema escolhido, já que a primeira carta apostólica é, dizem, a que o pontífice usa para dizer ao mundo a que veio.
A primeira parte é basicamente um sucinto tratado sobre o amor. Nela me causou muita impressão o resgate dado à noção do eros, que seria o caráter possessivo do amor, que se confronta com o agape (o amor-doação) não em oposição, mas como complemento mútuo. O próprio amor de Deus pela humanidade teria um quê de eros, já que os homens são por Ele desejados.
Na segunda parte, mais objetiva, ele fala que o papel fundamental da Igreja é difundir a Caridade (ressaltando que a justiça cabe ao Estado; é em conseqüência de seu amor ao próximo que os cristãos devem lutar pela última), indicando como fazê-lo. Ele apresenta também uma crítica ao marxismo, a qual me fez finalmente entender a razão da dura oposição à Teologia da Libertação que o Ratzinger dedicava quando, antes de seu papado, ainda presidia a Congregação para a Doutrina da Fé.
A qualquer um que queira entender com sinceridade como pensa a Igreja Católica recomendo fortemente a leitura dessa encíclica.
Monday, January 30, 2006
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