Caminho pela noite deserta. O ar quente e parado faz parecer que parou também o tempo e nada mais se move. O silêncio é quebrado apenas por ecos graves de meus passos na calçada e alguns agudos de quando piso em folhas secas. Ninguém passa, ninguém grita, ninguém nada. Todos dormem. Não há estrelas, nuvens infindáveis cobrem o céu escuro.
Lentamente alguma coisa muda. Cai uma folha, mexem-se outras. Uma brisa leve e crescente suaviza a monotonia geral. Esfria, venta. Indiferentes a mim, as nuvens se movem. Caminho, não paro. A tempestade se forma, caem as primeiras gotas. Respiro fundo e sigo em frente. Não há nada a fazer, exceto caminhar e deixar chover.
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