Sunday, February 02, 2003

Vittorio, The Vampire

Terminei agora há pouco. Neste volume, Anne Rice experimenta algumas mudanças. Para começar, Vittorio não tem nenhuma ligação com os glamourosos vampiros de seus livros anteriores, o grupo unido na figura do Vampiro Lestat (o mais famoso entre os seus vampiros, dentro e fora dos livros). Além disto, o estilo no início e no fim do livro é completamente diferente. Ao invés das descrições poéticas, do romantismo e da exuberância de detalhes, vemos comentários que utilizam uma linguagem muito informal, numa perspectiva totalmente pessoal e subjetiva do narrador, Vittorio. Interessante, mas o estilo normal da autora (e que é, naturalmente, o que predomina também neste livro) me agrada muito mais.

Na Florença do século XVI, acompanhamos o narrador em sua profunda devoção pelos artistas sacros da época, patrocinados pelos Medici (que também aparecem na história). Presenciamos a tensão causada pela guerra entre Florença e Milão. E, confirmando o que me parece uma crescente inclinação religiosa da autora (já manifestada em "Memnoch" e em "O Vampiro Armand"), vemos anjos saírem - literalmente - das pinturas para auxiliar o protagonista em sua vingança contra os vampiros que destruíram sua família.

Não tão bom quanto os outros volumes das Crônicas Vampirescas, mas ainda assim bom.

'"You are the angel," I said, "whom the Lord gives permission to wield that sword." There came no response from him. I went on. "You are the angel who slew the firstborn of Egypt," I said. No response. "You are the angel, the angel who can avenge."

He nodded, but only really with his eyes. They closed and then opened. '

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