Tuesday, February 03, 2004

O que há de novo

Terminei, na semana passada, Os Irmãos Karamazov, do Dostoievski. Apesar de não ter confirmado a expectativa de ser a obra-prima do autor (continuo preferindo Crime e Castigo), é genial. Filosofia, intronspecção, personagens profundos e caricaturados, tudo o que há de bom no Dostoievski. Mas isto você já sabia, está aí há mais de 100 anos, todos já comentaram.

O que há de novo é o livro do Chico Buarque, Budapeste. Não é à toa que recebeu tão boas recomendações: "Não creio enganar-me dizendo que algo novo aconteceu no Brasil com este livro." (Saramago); "O livro do Chico é uma vertigem" (Luis Fernando Verissimo). Comecei a ler ontem e, passando do segundo capítulo hoje, não consegui parar de ler. A história é muito bem construída, atiçando a curiosidade do leitor. O estilo é direto, fluido e original. O livro, narrado em primeira pessoa, conta a história de um escritor anônimo, que vende escritos seus para outros publicarem em seus nomes. A imensa criatividade do compositor mostra-se evidente, e o resultado é uma das melhores histórias que já li.

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