Friday, March 28, 2003
Thursday, March 27, 2003
French Fries
Descobri hoje que o congresso americano aprovou a substituição da expressão french fries (batatas fritas) para freedom fries. A medida foi tomada como "parte de um protesto dos Republicanos contra a oposição francesa à guerra no Iraque".
Quase inacreditável, mas é verdade. Parece aqueles filmes classe C do tipo"e se tal coisa (absurda) acontecesse, como seria o mundo?". Para ser coerentes, eles deveriam também devolver a estátua da liberdade.
E eu que achava que os americanos não eram "tão imbecis assim".
[Qvantamon: Não foi o congresso que aprovou. Foi uma decisão do comitê que administra os restaurantes do congresso, e se limita aos mesmos.]
Descobri hoje que o congresso americano aprovou a substituição da expressão french fries (batatas fritas) para freedom fries. A medida foi tomada como "parte de um protesto dos Republicanos contra a oposição francesa à guerra no Iraque".
Quase inacreditável, mas é verdade. Parece aqueles filmes classe C do tipo"e se tal coisa (absurda) acontecesse, como seria o mundo?". Para ser coerentes, eles deveriam também devolver a estátua da liberdade.
E eu que achava que os americanos não eram "tão imbecis assim".
[Qvantamon: Não foi o congresso que aprovou. Foi uma decisão do comitê que administra os restaurantes do congresso, e se limita aos mesmos.]
Friday, March 21, 2003
Para quem tinha alguma dúvida a respeito dos lucros da guerra:
Bolsas dos EUA disparam e Dow tem melhor semana desde 1982
Bolsas dos EUA disparam e Dow tem melhor semana desde 1982
A natureza versus Bush
Existe, por algum motivo desconhecido ou controverso (Deus?), uma ordem natural das coisas. Esta ordem será denominada natureza neste texto.
A natureza privilegia os organismos que contém em si maior conhecimento a respeito dela. Este conhecimento foi denominado aptidão ou adaptabilidade na teoria Darwiniana. Percebe-se esta tendência a longo prazo.
A partir deste critério, deriva-se a regra mais importante do jogo estabelecido pela natureza. A regra tem a ver com harmonia, equilíbrio. Os organismos que são incapazes de coexistir de forma harmônica com os outros invariavelmente perecem. Se, por exemplo, um organismo (ou um grupo) consumir mais recursos do que o "devido" , estes acabarão e aquele perecerá. A instabilidade não é aceita; os fatores de instabilidade são extintos cedo ou tarde na busca do equilíbrio.
Nos milhões de anos que antecederam o surgimento do homem na Terra, este processo se deu de forma lenta e gradual. Eram necessárias incontáveis gerações para que a natureza fizesse sua escolha. O conhecimento era passado lentamente entre os organismos que participaram do processo evolutivo. A introdução dos organismos conscientes representou uma fantástica - e perigosa - mudança na velocidade deste fenômeno. A consciência foi o passo mais ousado da natureza.
Uma vez que o organismo "homem" pôde analisar o conhecimento, a modificação e passagem deste entre as sucessivas gerações foi muito acelerada. Não eram mais necessários os infinitos testes do genótipo através de fenótipos diferenciados no ambiente. Não era preciso criar estruturas orgânicas diferentes para modificar o conhecimento contido nos seres. Os próprios seres podiam modificá-lo.
Neste passo, entretanto, uma parte da segurança provida pelo controle anterior foi perdida. Antes, invariavelmente aqueles organismos que não condiziam com as regras eram extintos antes de causarem maiores estragos. Agora, "conhecimentos" contrários à natureza poderiam ser propagados de forma tão veloz que a natureza não teria tempo para agir.
Esta é a causa dos absurdos dos nossos tempos. Ao longo do tempo, perdeu-se o senso do propósito inicial: conhecimento vinculado a uma existência harmônica com os outros seres. O homem perdeu esta noção, e criou, para substituí-la, teorias completamente absurdas segundo este ponto de vista. Pode-se citar a "superioridade racial", os nacionalismos, o capitalismo. As conseqüências negativas são evidentes: massacre dos povos pré-colombianos, dos negros, dos judeus; guerras mundiais; extrema desigualdade social.
Saddam e Bush representam a parte negativa dos resultados que a consciência trouxe para a evolução. Se questionados a respeito de seus motivos, responderão com as teorias estapafúrdias acima citadas. "Pelo que o senhor luta, Mr. Bush?" Uma vez eliminada toda a hipocrisia do discurso pela paz mundial, evidenciados os interesses estratégicos no petróleo da região (do qual a Europa é dependente) e nas vantagens econômicas da guerra, talvez Bush respondesse que é pelo bem estar do povo americano (em detrimento do resto do mundo, mas ele nem pensa nisso) ou pelo poder aumentado que esta ação militar lhe proporcionaria. Da mesma forma, Saddam deve ter suas ilusões a respeito do Iraque. Ilusões e nada mais, tudo pela falta de um senso de propósito.
A humanidade, ao contrário do que possa parecer, ainda não perdeu o jogo da natureza. Um sem número de pacifistas grita pelas ruas contra a guerra. Conhecimento bom, em acordância com os preceitos da natureza, também foi produzido. Grandes intelectuais defendem políticas internacionalistas, defendem o interesse de todos os homens e não de grupos isolados. E mesmo que prevaleça a estupidez dos homens armados, a natureza cobrará seu preço. A instabilidade não será suportada indefinidamente. Ou somem os exércitos, ou some a humanidade. A última opção é trágica, mas talvez nos próximos milhões de anos surja uma espécie mais tolerante no planeta. A ordem natural das coisas prevalecerá, independente das circunstâncias.
De qualquer forma, esta guerra o senhor Bush já perdeu.
Existe, por algum motivo desconhecido ou controverso (Deus?), uma ordem natural das coisas. Esta ordem será denominada natureza neste texto.
A natureza privilegia os organismos que contém em si maior conhecimento a respeito dela. Este conhecimento foi denominado aptidão ou adaptabilidade na teoria Darwiniana. Percebe-se esta tendência a longo prazo.
A partir deste critério, deriva-se a regra mais importante do jogo estabelecido pela natureza. A regra tem a ver com harmonia, equilíbrio. Os organismos que são incapazes de coexistir de forma harmônica com os outros invariavelmente perecem. Se, por exemplo, um organismo (ou um grupo) consumir mais recursos do que o "devido" , estes acabarão e aquele perecerá. A instabilidade não é aceita; os fatores de instabilidade são extintos cedo ou tarde na busca do equilíbrio.
Nos milhões de anos que antecederam o surgimento do homem na Terra, este processo se deu de forma lenta e gradual. Eram necessárias incontáveis gerações para que a natureza fizesse sua escolha. O conhecimento era passado lentamente entre os organismos que participaram do processo evolutivo. A introdução dos organismos conscientes representou uma fantástica - e perigosa - mudança na velocidade deste fenômeno. A consciência foi o passo mais ousado da natureza.
Uma vez que o organismo "homem" pôde analisar o conhecimento, a modificação e passagem deste entre as sucessivas gerações foi muito acelerada. Não eram mais necessários os infinitos testes do genótipo através de fenótipos diferenciados no ambiente. Não era preciso criar estruturas orgânicas diferentes para modificar o conhecimento contido nos seres. Os próprios seres podiam modificá-lo.
Neste passo, entretanto, uma parte da segurança provida pelo controle anterior foi perdida. Antes, invariavelmente aqueles organismos que não condiziam com as regras eram extintos antes de causarem maiores estragos. Agora, "conhecimentos" contrários à natureza poderiam ser propagados de forma tão veloz que a natureza não teria tempo para agir.
Esta é a causa dos absurdos dos nossos tempos. Ao longo do tempo, perdeu-se o senso do propósito inicial: conhecimento vinculado a uma existência harmônica com os outros seres. O homem perdeu esta noção, e criou, para substituí-la, teorias completamente absurdas segundo este ponto de vista. Pode-se citar a "superioridade racial", os nacionalismos, o capitalismo. As conseqüências negativas são evidentes: massacre dos povos pré-colombianos, dos negros, dos judeus; guerras mundiais; extrema desigualdade social.
Saddam e Bush representam a parte negativa dos resultados que a consciência trouxe para a evolução. Se questionados a respeito de seus motivos, responderão com as teorias estapafúrdias acima citadas. "Pelo que o senhor luta, Mr. Bush?" Uma vez eliminada toda a hipocrisia do discurso pela paz mundial, evidenciados os interesses estratégicos no petróleo da região (do qual a Europa é dependente) e nas vantagens econômicas da guerra, talvez Bush respondesse que é pelo bem estar do povo americano (em detrimento do resto do mundo, mas ele nem pensa nisso) ou pelo poder aumentado que esta ação militar lhe proporcionaria. Da mesma forma, Saddam deve ter suas ilusões a respeito do Iraque. Ilusões e nada mais, tudo pela falta de um senso de propósito.
A humanidade, ao contrário do que possa parecer, ainda não perdeu o jogo da natureza. Um sem número de pacifistas grita pelas ruas contra a guerra. Conhecimento bom, em acordância com os preceitos da natureza, também foi produzido. Grandes intelectuais defendem políticas internacionalistas, defendem o interesse de todos os homens e não de grupos isolados. E mesmo que prevaleça a estupidez dos homens armados, a natureza cobrará seu preço. A instabilidade não será suportada indefinidamente. Ou somem os exércitos, ou some a humanidade. A última opção é trágica, mas talvez nos próximos milhões de anos surja uma espécie mais tolerante no planeta. A ordem natural das coisas prevalecerá, independente das circunstâncias.
De qualquer forma, esta guerra o senhor Bush já perdeu.
Wednesday, March 19, 2003
Dream Theater, com o perdão da expressão, é foda pra caralho. Minha banda predileta atualmente. Estou ouvindo o "Taste the memories", um CD distribuído apenas para os membros dos fan clubs oficiais. "Moon Bubbles", instrumental, é fantástica. Que solos! As regravações de diversas músicas ficaram ótimas: Under a Glass Moon (abaixo), Wait for Sleep, entre outras. Os caras são bons, não poderia ter outro resultado.
"Under A Glass Moon
[Images: Dream Theater]
[Words: Petrucci]
Tell me
Remind me
Chase the water racing from the sky
Always beside me
Taste the memories running from my eyes
Nervous flashlights scan my dreams
Liquid shadows silence their screams
I smile at the moon
Chasing water from the sky
I argue with the clouds
Stealing beauty from my eyes
Outside the soundness of your mind
Bathing your soul in silver tears
Beneath a blackened summer sky
Praying for time to disappear
Beneath a summer sky
Under glass moonlight
Night awaits the lamb's arrival
Liquid shadows crawl
Silver teardrops fall
The bride subsides to her survival
By your hand
I've awakened
Bear this honor in my name"
"Under A Glass Moon
[Images: Dream Theater]
[Words: Petrucci]
Tell me
Remind me
Chase the water racing from the sky
Always beside me
Taste the memories running from my eyes
Nervous flashlights scan my dreams
Liquid shadows silence their screams
I smile at the moon
Chasing water from the sky
I argue with the clouds
Stealing beauty from my eyes
Outside the soundness of your mind
Bathing your soul in silver tears
Beneath a blackened summer sky
Praying for time to disappear
Beneath a summer sky
Under glass moonlight
Night awaits the lamb's arrival
Liquid shadows crawl
Silver teardrops fall
The bride subsides to her survival
By your hand
I've awakened
Bear this honor in my name"
Tuesday, March 11, 2003
A Carta Capital é uma ótima revista. Creio que ela e a Caros Amigos sejam as duas melhores publicações nacionais atuais no que se refere a política. Além disso, fala de economia e cultura. Boa parte do conteúdo está no site da revista.
Neste mês, sugiro uma matéria muito interessante falando sobre as dificuldades que as emissoras de TV estatais enfrentam na sua missão de fornecer ao público cultura de qualidade independente do mercado. Salienta particularmente os problemas que a TV Cultura (sem sombra de dúvida a melhor emissora nacional) tem tido. Leiam.
Neste mês, sugiro uma matéria muito interessante falando sobre as dificuldades que as emissoras de TV estatais enfrentam na sua missão de fornecer ao público cultura de qualidade independente do mercado. Salienta particularmente os problemas que a TV Cultura (sem sombra de dúvida a melhor emissora nacional) tem tido. Leiam.
Monday, March 03, 2003
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